segunda-feira, 31 de março de 2014

Edílson, um verdadeiro ‘capetinha’


 Por ene motivos o ex-atacante Edílson justificou o apelido de Capetinha, independe da prisão por falta de pensão alimentícia, que exigiu de amigos e familiares a arrecadação da importância de R$ 102 mil para que deixassem o cárcere.
 Edílson já era um capetinha com a bola nos pés na passagem pelo Tanabi em 1992, clube do interior paulista, quando driblava em velocidade e o adversário não conseguia acompanhá-lo. Aí, o então olheiro do Guarani, o ex-jogador Eli Carlos, foi conferir as virtudes e indicou a contratação ao ex-presidente bugrino Beto Zini.
 Com menos de um ano no Guarani, Edílson passou a ser cogitado por grandes clubes do futebol brasileiro e foi impossível segurá-lo. A empresa multinacional Parmalat, co-gestora do futebol do Palmeiras naquela época, ofereceu rios de dinheiro pela aquisição do passe e o levou ao Estádio Palestra Itália.
 Dois anos depois o futebol brasileiro ficou pequeno para Edílson e o seu primeiro destino no exterior foi o Benfica, de Portugal. Posteriormente ele passou Kashiwa Reysol e Nagoya do Japão, e ele conta que japoneses o levaram para almoçar na casa deles mesmo não havendo conversa na falta de intérprete. Em 1997 ele optou pela volta ao Brasil, no Corinthians.
 A manutenção da regularidade resultou no reconhecimento como melhor jogador do Brasil em 1998, temporada em que de fato ganhou o apelido de Capetinha, dado pelo então volante Vampeta. O que motivou o apelido? Teria aparecido seminu no Centro de Treinamento do Corinthians, fantasiado de diabo, após farra na despedida de solteiro.
 A plena justificativa do apelido de Capetinha ocorreu na final do Campeonato Paulista de 1999, na decisão contra o Palmeiras. Com o título corintiano já garantido naquele empate por 2 a 2 - e com golaço de Edílson - eis que este baiano - agora com 43 anos de idade - perdeu o juízo ao humilhar adversários com embaixadas e ainda parar a bola na nuca quase no final da partida.
 Pela atitude intempestiva quase foi ‘jantado’ pelo lateral-esquerdo Júnior do Palmeiras e, na confusão, Edílson acertou pontapé no ponteiro-direito palmeirense Paulo Nunes antes de correr para o vestiário, perseguido pelo zagueiro Roque Júnior. Com a confusão generalizada não havia clima para prosseguimento da partida e o árbitro Paulo César de Oliveira decidiu encerrá-la. Assim, o Timão comemorou o título.
 Depois do Corinthians, Edilson ainda jogou em clubes como Cruzeiro, Vasco e Flamengo, contudo sem a pautada regularidade. Ainda passou por Santo André e terminou a carreira no futebol baiano atuando por Vitória e Bahia, respectivamente em 2009 e 2010.
 Consta do currículo dele participação na Seleção Brasileira que conquistou o pentacampeonato de 2002 no Japão e Coréia do Sul. E quando parou de jogar criou conjunto musical e topou ser comentarista da TV Bahia.


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