Por ene motivos o ex-atacante Edílson
justificou o apelido de Capetinha, independe da prisão por falta de pensão
alimentícia, que exigiu de amigos e familiares a arrecadação da importância de
R$ 102 mil para que deixassem o cárcere.
Edílson já era um capetinha com a bola nos pés
na passagem pelo Tanabi em 1992, clube do interior paulista, quando driblava em
velocidade e o adversário não conseguia acompanhá-lo. Aí, o então olheiro do
Guarani, o ex-jogador Eli Carlos, foi conferir as virtudes e indicou a
contratação ao ex-presidente bugrino Beto Zini.
Com menos de um ano no Guarani, Edílson passou
a ser cogitado por grandes clubes do futebol brasileiro e foi impossível
segurá-lo. A empresa multinacional Parmalat, co-gestora do futebol do Palmeiras
naquela época, ofereceu rios de dinheiro pela aquisição do passe e o levou ao
Estádio Palestra Itália.
Dois anos depois o futebol brasileiro ficou
pequeno para Edílson e o seu primeiro destino no exterior foi o Benfica, de Portugal.
Posteriormente ele passou Kashiwa Reysol e Nagoya do Japão, e ele conta que
japoneses o levaram para almoçar na casa deles mesmo não havendo conversa na
falta de intérprete. Em 1997 ele optou pela volta ao Brasil, no Corinthians.
A manutenção da regularidade resultou no
reconhecimento como melhor jogador do Brasil em 1998, temporada em que de fato
ganhou o apelido de Capetinha, dado pelo então volante Vampeta. O que motivou o
apelido? Teria aparecido seminu no Centro de Treinamento do Corinthians, fantasiado
de diabo, após farra na despedida de solteiro.
A plena justificativa do apelido de Capetinha
ocorreu na final do Campeonato Paulista de 1999, na decisão contra o Palmeiras.
Com o título corintiano já garantido naquele empate por 2 a 2 - e com golaço de Edílson
- eis que este baiano - agora com 43 anos de idade - perdeu o juízo ao humilhar
adversários com embaixadas e ainda parar a bola na nuca quase no final da
partida.
Pela atitude intempestiva quase foi ‘jantado’
pelo lateral-esquerdo Júnior do Palmeiras e, na confusão, Edílson acertou
pontapé no ponteiro-direito palmeirense Paulo Nunes antes de correr para o
vestiário, perseguido pelo zagueiro Roque Júnior. Com a confusão generalizada não
havia clima para prosseguimento da partida e o árbitro Paulo César de Oliveira decidiu
encerrá-la. Assim, o Timão comemorou o título.
Depois do Corinthians, Edilson ainda jogou em clubes
como Cruzeiro, Vasco e Flamengo, contudo sem a pautada regularidade. Ainda
passou por Santo André e terminou a carreira no futebol baiano atuando por
Vitória e Bahia, respectivamente em 2009 e 2010.
Consta do currículo dele participação na
Seleção Brasileira que conquistou o pentacampeonato de 2002 no Japão e Coréia
do Sul. E quando parou de jogar criou conjunto musical e topou ser comentarista
da TV Bahia.
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