Procure em escalações de equipes de futebol
dos grandes centros do país jogadores com apelidos de Dito, Ditinho ou Ditão? Talvez
o último tenha sido Ditinho Souza do Palmeiras. Nas últimas décadas raramente cartórios
de nascimento registram novas crianças com o prenome Benedito, outrora
referência ao santo.
Por que isso? Convenhamos que não soe legal o
apelido de Dito e prudentemente os pais têm evitado este dissabor aos filhos.
Ocorre que paradoxalmente o lateral-direito Ditinho, que morreu neste 16 de
março, não tinha Benedito no nome, e não foi explicitado os motivos que levaram
as pessoas a apelidá-lo assim, considerando-se que o nome dele era Antonio
Oliveira Santos da Silva, vítima de coágulo no cérebro, que o manteve internado
duas semanas.
Ditinho tinha 52 anos de idade e morreu em
Osasco, sua cidade natal. Ele estava aposentado após trabalhar em empresa na
região do CEAGESP, tão logo encerrou a carreira de jogador em 1996 no Nacional
da capital paulista.
A história dele como atleta foi marcada
principalmente pelos tempos de Palmeiras desde os 12 anos de idade, na
categoria infantil. Cinco anos depois já participava das edições da Copa São
Paulo de Juniores e posteriormente foi um daqueles atletas que estouram idade
nas categorias de base e não vingam de imediato na equipe principal. Neste
caso, o argumento preferido dos dirigentes para repasse por empréstimo é a
necessidade de se adquirir experiência.
Assim, ele passou por São Paulo de Avaré e
Goytacaz antes do retorno ao Palmeiras em 1984, quando deparou com o obeso
uruguaio Diogo como titular da posição. Naquela circunstância, inevitavelmente alternaria
a vaga na equipe principal e a situação se arrastou até 1988 quando se desligou
definitivamente do clube.
Ditinho entrou na decisão contra a Inter de
Limeira em 1986, no vice-campeonato paulista palmeirense, num time cuja base era
de Martorelli; Diogo (Ditinho), Márcio, Amarildo e Denys; Lino (Mendonça),
Gerson Caçapa e Jorginho; Mirandinha, Edmar e Éder Aleixo.
A boa convivência com o então
goleiro Emerson Leão permitiu que fosse indicado para jogar no São José em 1988
e no Coritiba quando Leão já havia se transformado em treinador. Ditinho
jogou no Guarani em 1989, envolvido numa troca pelo lateral-direito Marquinhos
Capixaba e atacante Tony, num time comandado por Evaristo de Macedo e formado
por Sérgio Nery; Ditinho, Vitor Hugo, Pereira e Albéris; Charles Guerreiro,
Jorginho (Tozin) e Wagner Mancini (Zenon); Tato, Washington e João Paulo.
Na ocasião, bugrinos saudosistas lembraram de
um outro Ditinho com passagem pelo clube no final dos anos 50 e meados da
década de 60, que atuava na zaga central. O time do Guarani de 1959 era formado
por Nicanor; Ferrari, Ditinho, Eraldo e Diogo; Hilton e Benê; Dorival, Paulo
Leão, Cabrita e Osvaldo.
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