segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Seleção do céu ganha reforços

 No Dia de Finados de 2004 foi publicado na coluna a seleção do céu de boleiros ante queridos que se foram. Na época duas improvisações: o deslocamento do canhoto Oreco à lateral-direita e o quarto-zagueiro Zózimo à cabeça da área. Hoje, o time está reforçado e cada um em sua posição. Djalma Santos é o escolhido na lateral-direita e De Sordi o reserva. Como volante o escalado é palmeirense Zequinha.

 Claro que este time de boleiros falecidos é formado basicamente por astros campeões mundiais pela Seleção Brasileira e entregue ao treinador Aimoré Moreira, o Biscoito, comandante do bicampeonato mundial em 1962, no Chile. Quem discordar pode optar pelo estrategista Zezé Moreira - irmão de Aimoré - ou Vicente Feola, campeão em 1958 na Suécia.

 Se antes o goleiro era Castilho, identificado como 'vaca leiteira' pelos milagres nos tempos de Fluminense, agora troque-o por Gilmar, falecido nesta temporada, bicampeão mundial de clubes pelo Santos e seleção.

Os laterais são essencialmente marcadores. Djalma Santos jogou na Portuguesa, Palmeiras e Atlético Paranaense entre as décadas de 50 a 70, e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. A lateral-esquerda fica com o tricampeão Everaldo de 1970, que perdeu a vida em acidente de automóvel.

 Os zagueiros são bi no Chile. A técnica e elegância de Mauro Ramos de Oliveira se ajustam à zaga central central, repetidas também nas memoráveis passagens por São Paulo e Santos. Zózimo, que ocupa a quarta-zaga e jogava no Bangu nas décadas de 50 e 60, compensava a baixa estatura com boa impulsão, técnica e raça. O raçudo Fontana, ex-Cruzeiro, fica na reserva, assim como foi reserva de Wilson Piazza na Copa de 1970, no México.

A 'meiúca', nos tempos do 4-2-4, teria o incansável palmeirense Zequinha como volante, enquanto Valdir Pereira, o Didi, inventor da 'folha seca', seria o meia de armação. Didi, referência para qualquer seleção de todos os tempos no futebol mundial, ainda foi técnico dos bons comandando a seleção peruana.

O ataque dispensa adjetivos. O ponteiro-direito Garrincha é deslocado para o lado esquerdo, setor que ele sabia atuar para escapar de marcações rigorosas. Assim, a camisa sete fica com Joel, que coincidentemente perdeu a vaga para Garrincha na Copa da Suécia.

O centroavante é Vavá, pernambucano que venceu no eixo Rio-São Paulo com as camisas de Vasco e Palmeiras, e foi bicampeão mundial no Chile, marcando o gol que fechou a vitória brasileira na final contra a Tchecoslováquia, por 3 a 1.

O ponta-de-lança é o nordestino Dida, flamenguista que antecedeu Pelé na Seleção Brasileira, enquanto a ponta-esquerda fica com Dirceuzinho, participantes das Copas de 1974 a 1982. Ele dividia opiniões e morreu em acidente de automóvel em 1995. De certo, essa leva se reúne periodicamente nas rodinhas festivas no céu.

 

 

Nenhum comentário: