A história de Djalma Santos foi marcada por
longevidade, em geral. Ele
morreu aos 84 anos de idade. Jogou na Seleção Brasileira até quando havia completado
37 anos e cinco meses. E a passagem pelo scret
nacional se deu de 1952 a
1966, logicamente envolvendo quatro Mundiais e 111 jogos.
Na competição da Suíça, em 1954, foi titular
num time formado por Castilho; Djalma Santos e Nilton Santos; Pinheiro,
Brandãozinho e Bauer; Julinho Botelho, Didi, Humberto Tozzi, Índio e Maurinho.
Quis o destino que quatro anos depois ele chegasse como reserva na competição
realizada na Suécia e fosse ocupar o posto do titular De Sordi justamente na
final, contra a equipe da casa, e saísse na foto de campeão.
Depois foi absoluto no bicampeonato do Chile em
1962, e a despedida ocorreu com derrota para a Hungria por 3 a 1 em 1966, na Copa do Mundo
da Inglaterra, quando a defesa era formada por Gilmar; Djalma Santos, Belini,
Altair e Paulo Henrique.
Por
causa daquele desastroso resultado a formação defensiva foi totalmente
modificada pelo treinador Vicente Feola na partida subsequente contra Portugal:
Manga; Fidélis, Brito, Orlando e Rildo. Na ocasião, o Brasil voltou a perder
por 3 a 1,
o que implicou na desclassificação.
Restou a longevidade de Djalma Santos em clubes. Se o Palmeiras
entendeu que estava acabado para o futebol em 1968 e liberou o passe dele, em
seguida constatou que a eficiência na marcação e o estilo clássico para
conduzir a bola foram mantidos no Atlético Paranaense no período de 1969 a 1972.
E quando faltou força para correr atrás de velozes
ponteiros-esquerdos, Djalma se fixou na zaga central e correspondeu, apesar da
estatura de 1,73m de altura. Coincidentemente, o exemplo de migração à zaga foi
copiado por Carlos Alberto Torres e Leandro (Flamengo), originalmente
laterais-direitos e inquestionavelmente mais capacitados que Djalma, não
correspondendo, portanto, afirmações sobre o ex-palmeirense como o melhor lateral-direito
de todos os tempos do futebol brasileiro.
Perto de completar 60 anos de idade Djalma ainda
dava exibição na equipe do Milionários F.C., composta por ex-atletas. E quando
mudou para Uberaba (MG), montou uma escolinha de futebol para crianças e
adolescentes, sem contudo abandonar as tradicionais peladas às sextas-feiras. E
isso se arrastou até 2007, quando tinha 78 anos de idade.