Nair, nome de homem e bom meio-campista
Nair é nome de mulher? De certo você vai
responder que sim. A mulher do falecido astro Mané Garrincha chamava-se Nair.
Outros nomes comuns a homens e mulheres são Darci, Juraci, Valdeci, Jaci, Nadir,
Jucilei e Íris, entre outros. O caso também se aplica a quem tem o apelido de
Zezé, proveniente de Maria José ou José Maria.
O Nair José da Silva em questão foi um jogador
que ficou famoso no futebol nos anos 60, tanto que atuou quatro vezes pela
Seleção Brasileira. Nascido no Rio de Janeiro em maio de 1937, iniciou a
carreira no Madureira, e a partir de 1963 seu estilo clássico pôde ser visto na
Portuguesa, onde atuou até 1965, num time comandado pelo treinador Aimoré
Moreira (falecido) e formado por Orlando Gato Preto (Félix); Jair Marinho,
Ditão, Wilson Silva e Edílson; Pampolini e Nair; Almir, Henrique Frade, Dida e
Ivair.
Seu próximo clube foi o Corinthians, em
tumultuada transferência dele e do zagueiro Ditão. Foi um período em que a Lusa
abastecia o trio de ferro de São Paulo com jogadores de destaque. Também saíram
da Portuguesa para o Corinthians os laterais-direitos Jair Marinho e Zé Maria,
volante Badeco e atacante Ivair. Para o Palmeiras foram o lateral-direito
Djalma Santos, ponteiro-direito Julinho, e os meias-atacantes Servílio,
Leivinha e Enéas, por exemplo.
Jair Marinho jogou na Portuguesa entre 1963 e
1966. Depois disso mais dois anos pelo Corinthians, antes de regressar ao Rio
de Janeiro e integrar o elenco do Vasco. Ele e Nair, ainda no Corinthians,
participaram daquele nostálgico empate por 4 a 4 com o São Paulo por um torneio paulista
de 1966, ocasião em que Nair - meia já adaptado como volante - empatou a
partida no último minuto, em cobrança de pênalti, e Jair Marinho entrou no
segundo tempo em substituição ao titular Galhardo. Eis o time corintiano da época:
Marcial; Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Maciel; Nair e Rivelino;
Marcos (Bataglia), Tales, Flávio e Gilson Porto. Aquela temporada de 1966
marcou a passagem de Garrincha pelo Corinthians, sem contudo ratificar o
futebol consagrado de Botafogo e Seleção Brasileira.
Em 1969, aos 32 anos de idade, Nair mostrou
que ainda tinha lenha para queimar quando se transferiu para o Atlético Paranaense,
que na época montou equipe basicamente com jogadores veteranos para o Torneio
Roberto Gomes Pedrosa. Lá estavam Djalma Santos, o zagueiro Belini - ex-São
Paulo -, volante palmeirense Zequinha e os atacantes Gildo, Dorval e Zé
Roberto, saídos de Palmeiras, Santos e São Paulo, respectivamente.
Eles se juntaram ao
goleiro Célio, zagueiro Charrão, lateral Nilo, meia-armador Paulista,
centroavante Madureira e ponteiro-esquerdo Nilson Bocão.
Nair está radicado no Rio de Janeiro e
trabalha numa escolinha de futebol em Madureira.
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