Ademir da Guia - astro do Palmeiras nos anos
60 e 70 - estava hospedado em Muzambinho - interior de Minas Gerais, acordou às
5h30 daquele domingo, e depois disso apressou a comitiva que fazia a promoção
de seu café naquela região, para que viajasse a Campinas visando o compromisso
assumido.
Em campo, apesar da natural perda de
mobilidade, o Divino brindou o público presente com aqueles requintados toques
de bola, alguns de três dedos.
Por fim, só lamentou
não ter feito o seu gol num chute rasteiro que passou rente ao poste esquerdo.
“Esse assédio das
pessoas que me viram jogar e até de aqueles que me conhecem pela história é
bacana. Faz bem para o ego da gente”, revelou Ademir da Guia durante o
churrasco de confraternização para os convidados.
Este jogo de futebol festivo foi organizado
por um grupo de desportistas de Campinas, e contou com alguns ex-atletas
profissionais como o ponteiro-esquerdo Paraná, que atuou no São Bento, São
Paulo e Seleção Brasileira, e que no dia 17 de março vai completar 71 anos de
idade.
“Jamais imaginaria o reencontro com o
lateral-esquerdo Diogo, do Guarani, num campo de futebol. Eu colecionei
figurinha dele, depois jogamos contra, e nunca mais nos vimos. E o destino
reservou esse reencontro num jogo para atletas acima de 70 anos. Veja que
coisa!”, disse Paraná.
Nove anos mais velho que Paraná está o meia
Mikey, canhoto meia-esquerda do São Bento dos anos 50 e 60, que veio a Campinas
em companhia do ponteiro-esquerdo Esquerdinha, ex-Estrada de Sorocaba, e que em
1964 jogou no Guarani.
Diogo, lateral-esquerdo do Guarani em meados
dos anos 60, foi outra atração do evento, e se emocionou ao receber o abraço do
filho jornalista Roberto Diogo quando deixou o gramado. Detalhe: Diogo já
completou 81 anos de idade.
Da mesma época era Sebastião Lapola, zagueiro
da Ponte Preta há mais de 50 anos, que reencontrou Zezinho Barreto,
ex-ponteiro-esquerdo da equipe pontepretana e do Guarani.
Dos 35 ‘atletas’ cadastrados para o evento,
aquele de maior longevidade foi Geraldo Macacão, campineiro nascido em 1926, que
já teve passagem pelo juvenil do Guarani, e se orgulha de diariamente fazer
caminhadas e ter voltado a ‘bater bola’ após seis meses afastado.
Já o professor aposentado Zé Maria, de
Valinhos, com passagem pela várzea, tem 83 anos de idade e participa de peladas
no Clube Atlético Valinhense. O segrego da longevidade? “Não ter vícios, boa
alimentação, faço musculação em academia duas vezes por semana, e em três dias
completo com caminhadas”.
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