Eduardo Amorim valoriza disciplina tática
Sua carreira de treinador foi iniciada no
Corinthians em 1995, onde conquistou os títulos do Campeonato Paulista e da
Copa do Brasil. Depois trabalhou no Atlético (MG), Portuguesa, Sport Recife, América
(RN), e ficou oito anos na Grécia.
Sua história no futebol começou como jogador do
Cruzeiro em 1969, como ponteiro-direito que sabia fazer precisos cruzamentos. Devido
à versatilidade para conduzir a bola em diagonal, foi adaptado como
ponta-de-lança, com a vantagem da obediência tática de recuar para ajudar na
marcação. Foi assim no Corinthians, onde passou de 1981 a 87. A carreira de atleta foi
encerrada no ano seguinte no Santo André.
No histórico de títulos, ênfase para o da Taça
Libertadores em 1976, pelo Cruzeiro. Foram três jogos contra o River Plate da
Argentina. O primeiro com goleada mineira por 4 a 1 no Estádio do Mineirão. O
segundo no Estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires , quando
ele ficou indignado com a desastrosa arbitragem do uruguaio José Martinez
Bazán, que validou o segundo gol argentino em jogada irregular, resultando em
vitória dos mandantes por 2 a
1. O lateral-esquerdo Vanderlei, do Cruzeiro, foi empurrado no lance que
precedeu o gol e a falta não foi marcada.
No terceiro jogo, em Santiago do Chile, a
vitória foi dos cruzeirenses por 3
a 2. Nelinho, de pênalti, abriu o placar. Eduardo
ampliou para os mineiros. O River empatou, mas foi derrotado aos 43 minutos do
segundo tempo. Numa falta nas imediações da área, Nelinho já se preparava para
a cobrança quando o atrevido atacante Joãozinho bateu de curva na bola e
marcou.
Os cruzeirenses se ajoelharam no centro do
gramado e rezaram em memória do companheiro Roberto Batata, morto no dia 13 de
maio de 1976, quando o seu veículo Chevette se envolveu em acidente fatal na
Rodovia Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo.
Entre abraços da boleirada nos vestiários, o
técnico Zezé Moreira (falecido) deu uma tremenda bronca em Joãozinho, apesar
dele ter feito o gol da vitória. “Seu moleque irresponsável. Nosso cobrador de
falta é o Nelinho, ouviu”!
No Corinthians, como atleta, Eduardo foi
bicampeonato paulista em 1982/83, num time formado por Leão; Alfinete, Mauro,
Juninho e Wladimir; Paulinho, Biro-Biro e Zenon; Eduardo, Sócrates (falecido) e
Casagrande. Foi o período da ‘democracia corintiana’, movimento liderado pelos
jogadores Sócrates, Casagrande e Vladimir, que consistia nos rumos do futebol do
clube através dos votos de jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes.
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