Guarani, quem te viu, que te vê...
O Guarani convive com a chaga de rebaixamentos
desde 2001, culminando com a volta à terceira divisão nacional neste 24 de
novembro, após derrota para o São Caetano por 2 a 1, em seus domínios. Há 11
anos o Bugre ficou em penúltimo lugar do Campeonato Paulista com 15 pontos, à
frente apenas do Mogi Mirim no critério número de vitórias.
Aquele rebaixamento foi convertido em vaga
para o Torneio Rio-São Paulo, competição que substituiu os campeonatos
regionais dos respectivos estados. Isso por causa de uma virada de mesa provocada
pelo então presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo Farah.
E naquela competição de 2002 o Guarani acabou
novamente rebaixado, porque o regulamento estabelecia que o último colocado de
São Paulo e do Rio de Janeiro cairiam. Na ocasião, dos 16 participantes, o Bugre
ficou em 12º lugar, à frente de Flamengo, Americano, Bangu e América (RJ).
Com a extinção do Torneio Rio-São Paulo, o Guarani
voltou normalmente ao Paulistão, mas em 2004 foi rebaixado no Campeonato
Brasileiro, após derrota por 4 a
2 para o Paysandu, no Estádio Mangueirão, no Pará, na penúltima rodada.
Em 2006, o então presidente bugrino José Luiz
Lourencetti não suportou a pressão, após rebaixamentos à Série C do Campeonato
Brasileiro e Série A2 do Campeonato Paulista, e renunciou ao mandato antes da
iminente destituição.
Em dois anos o time reacendeu à Série B e recuperou vaga no Paulistão. No entanto o torcedor continuou convivendo com o sobe e desce. Em 2009, novo rebaixamento do Paulistão e acesso à Série A do Brasileiro. Em 2010, rebaixamento à Série B do Brasileiro. Por fim, a penosa queda à Série C do Brasileiro.
Em dois anos o time reacendeu à Série B e recuperou vaga no Paulistão. No entanto o torcedor continuou convivendo com o sobe e desce. Em 2009, novo rebaixamento do Paulistão e acesso à Série A do Brasileiro. Em 2010, rebaixamento à Série B do Brasileiro. Por fim, a penosa queda à Série C do Brasileiro.
Bons tempos em que o Bugre revelava ídolos. Na
década de 70 lançou Mauro Cabeção (falecido), Amaral, Júlio César, Miranda,
Renato 'pé murcho' e Careca. Nos anos 80 surgiram Neto, Evair e João Paulo. Na
década de 90 apareceram Amoroso e Luizão.
O bugrino saudosista lembra com orgulho da
arrancada triunfal de 1978, culminando com a conquista do título brasileiro. Na
primeira partida decisiva contra o Palmeiras, no Estádio do Morumbi, dos 99.829
torcedores pagantes, cerca de 30 mil eram bugrinos, que empurraram o time na
vitória por 1 a
0, gol de pênalti cobrado por Zenon. Aquela foi a segunda maior caravana de
torcidas que se tem conhecimento no País, suplantada, obviamente, pela invasão
corintiana ao Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 1976, na semifinal do
Brasileiro, diante do Fluminense.
O Guarani já colocou 52.002 torcedores no
Estádio Brinco de Ouro, na semifinal do Campeonato Brasileiro em 1982, contra o
Flamengo. E pelo clube passaram ídolos como os meias Jorge Mendonça e Djalminha,
e o zagueiro Ricardo Rocha, contratados a preço de banana. Eles foram dignos de
aplausos, e garantiram lucratividade invejável nas negociações dos passes.
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