Goleiro Félix e o cigarro
A morte do goleiro Félix no dia 24 de agosto,
em decorrência de enfisema pulmonar, provoca remissão ao maligno vício do
cigarro. Essa tentação vai destruindo a pessoa lentamente até atingir processo
irreversível. E foi o caso de Félix aos 74 anos de idade.
Cada ano são programadas duas datas para
campanhas de conscientização aos fumantes sobre os riscos das tragadas: 31 de
maio é tido como o Dia Internacional de Combate ao Tabagismo, enquanto é
reservada a data de 29 de agosto para o mesmo combate, porém de caráter
nacional.
O humorista Chico Anysio, que morreu em março
passado, culpou o tabagismo para o agravamento de doença em seus pulmões. Por
isso, já no fim da vida, fez campanha contra o cigarro. Talvez até o próprio
Félix tenha pensado o mesmo.
Nas manifestações de condolências de
ex-companheiros tricampeões pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970,
no México, a lembrança do maldito vício do cigarro: “O Félix dava uns tragos
até nos intervalos das partidas”, testemunhou o zagueiro Brito. “Ele fumava
muito”, emendou o lateral-direito da época, Carlos Alberto Torres.
Nas redes sociais, o meia-armador Paulo César
Caju também tocou no assunto: “Por causa do cigarro, ele tinha uma tosse muito
feia”. Caju não se restringiu à manifestação sobre o tabagismo do companheiro.
Também saiu em defesa dele com o argumento de que foi um bom goleiro naquela
Copa.
“Contra a Inglaterra ele fez belas defesas
quando o jogo estava zero a zero. Contra a Itália, depois do empate (1 a 1), praticou duas ou três
boas defesas”, escreveu em seu blog pessoal, o Blog do Caju.
Claro que Félix Mielli Venerando não foi
unanimidade. Recebeu críticas por atuações naquela Copa do Mundo. Naquele
timaço de 1970, foi identificado mais pelas falhas do que as defesas
importantes. E quando instigado sobre a polêmica, contra-atacou: "Todos
diziam que a Seleção tinha um time, mas não tinha goleiro. Eu provei que podia
ser titular".
Félix atuou pela Seleção Brasileira 48 vezes.
A estréia foi no dia 21 de novembro de 1965, no Estádio do Pacaembu, na vitória
sobre a Hungria por 5 a
3, onze anos depois de estrear no profissionalismo, no Juventus (SP).
No ano seguinte transferiu-se para a
Portuguesa, mas por longo período ficou na reserva de Cabeção e Carlos Alberto.
Titular só a partir de 1964, e de vez em quando participava de revezamento com
Orlando Gato Preto.
Numa excursão da Portuguesa aos EUA, no jogo
contra o Massachusetts, de Nova York, Félix foi jogar no ataque quando seu time
massacrava por 9 a
0, e ele fez o décimo gol. O resultado do jogo foi 12 a 1.
Félix ganhou visibilidade na carreira quando
se transferiu para o Fluminense, clube que defendeu de 1968 a 1977, quando encerrou
a carreira. Apesar disso, só recentemente, após reformulação do site oficial do
clube, o seu nome foi incluído na galeria de ídolos.
Um comentário:
Ari, precisa retificar no site da Linfurc, a quantidade de pontos entre os times do Arco Iris e Clube V8, pois o Arco Iris , encontra-se com 11 pontos e v8 com 09, ok., abraço Adilson
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