segunda-feira, 4 de junho de 2012

Branco, lateral de três Copas do Mundo

 Copa do Mundo de 1986 no México. O então lateral-esquerdo Branco foi derrubado na área, pênalti à favor do Brasil diante da França, e o meia Zico - que havia acabado de entrar na partida - desperdiçou. Com isso foi registrado o empate por 1 a 1, e os brasileiros acabaram eliminados na definição através dos pênaltis.

 Copa do Mundo de 1990, na Itália. Na trajetória, o Brasil enfrentou a Argentina, e ingenuamente Branco imaginou ter tomado água potável oferecida pelos hermanos, desconsiderando que numa competição daquele porte vale tudo em malandragem. Conclusão: tomou água contaminada por tranqüilizante e passou mal.

 O destino lhe reservou uma terceira Copa do Mundo, mesmo que na reserva de Leonardo, nos Estados Unidos, em 1994. Para a sua sorte o titular, imprudentemente, acertou cotovelada em jogador norte-americano, em confronto com aquele país, e ele ficou com a vaga.

 E arrasou contra a Holanda pelas quartas-de-final. A partida caminhava para o empate por 2 a 2, até que de seu pé esquerdo saiu uma bomba em cobrança de falta, aos 36 minutos do segundo tempo, que deu a vitória aos brasileiros: 3 a 2.

 O Brasil passou pela Suécia na semifinal, e na final contra a Itália, após empate sem gols, o título foi decidido em cobranças de pênaltis. Aí Branco fez a sua parte com chute certeiro, enquanto o goleiro Taffarel também foi um dos heróis ao defender cobrança de Massaro, além de contar com a sorte quando Roberto Baggio colocou a bola sobre o travessão. Eis o time do tetracampeonato: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho; Bebeto e Romário.

 Branco voltou à Seleção Brasileira como coordenador das divisões de base em 2006, mas no ano seguinte foi exercer a mesma função com profissionais do Fluminense, onde tudo começou para ele no futebol.

 Claudio Ibraim Vaz Leal, nome escolhido pelos pais de descendência libanesa, é um gaúcho de Bagé (RS) que chegou às Laranjeiras em 1982, e já no ano seguinte foi campeão carioca. E o fato se repetiu nos dois anos subseqüentes, num time que tinha Paulo Vitor, Aldo, Ricardo Gomes, Assis, Washington e Tato.

 O tricampeonato foi comemorado em um triangular. Empatou por 1 a 1 com o Flamengo, venceu o Bangu por 2 a 1 e foi ajudado na derrota do Flamengo para o Bangu por 2 a 1. Em 1984 o Fluminense foi campeão brasileiro.

 Em 1990, Branco jogou no Porto de Portugal, e em seguida no Brescia e Genoa da Itália. Sua característica era atacar, fechando em diagonal e finalizando. Raramente buscava o fundo de campo. Também tinha deficiências na marcação.

 Na volta ao Brasil, jogou novamente no Fluminense, Grêmio, Corinthians e Flamengo. Em 1996 atuou no Middlesbrough da Inglaterra e depois Mogi Mirim e Metro Stars dos Estados Unidos, levado pelo técnico Carlos Alberto Parreira.

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