Suingue, outro coringa do futebol do passado
Suing é um gênero musical derivado do jazz,
‘nascido’ nos Estados Unidos por volta dos anos 20. É tocado por instrumentos
de metais como saxofones, trombones, trompetes, assim como baterias, baixos e
guitarras.
Suingue, com grafia aportuguesada, foi um
meio-campista revelado pela extinta Prudentina (SP) nos anos 60, e o sucesso se
estendeu no Palmeiras, Corinthians, Fluminense e Vasco.
Há quem associe o apelido de Álvaro Aparecido
Pedro à preferência musical pelo suing, sem que a versão tenha sido devidamente
confirmada. O certo é que pela voluntariedade na marcação e bom domínio de bola
se adaptou quer à função de volante, quer na meia de armação. Além disso, foi
improvisado em outras funções do meio-de-campo pra frente. Por isso foi tido,
depois do santista Lima, como outro coringa do futebol brasileiro.
Na Prudentina ele atuou ao lado de jogadores
igualmente de projeção, casos do goleiro Glauco, lateral-direito Lidu - já
falecido -, meia Luís Carlos Feijão, ponteiro-direito Reginaldo e centroavante
Cláudio Garcia.
Em 1966, Suingue se transferiu ao Palmeiras em
tempo de comemorar o título paulista. No ano seguinte festejou as conquistas da
Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, enquanto a sua amada Prudentina
caiu à divisão inferior do Campeonato Paulista, sucumbindo anos depois.
Acabava, portanto, uma história de um clube em
que jogaram, ainda, o atacante Ademar Pantera (já falecido), zagueiro Thomaz e
o volante Capitão, para alívio dos clubes da capital paulista, que sempre se
queixaram dos 520
quilômetros de distância até Presidente Prudente, na
época percorridos de ônibus. Consequentemente, o Estádio Félix Ribeiro
Marcondez foi demolido.
De fato o desfecho da história da Prudentina
provocou cicatrizes na alma de Suingue. Cicatrizes no rosto foram provocadas
por um acidente em maio de 1966, quando estava na companhia do lateral-direito
Luís Carlos Cunha, que morreu.
A vida continuou para Suingue que, recuperado,
foi reintegrado ao elenco do Palmeiras, adaptando-se em outras funções no
gramado. Foi improvisado na ponta-esquerda, assim como atuou de ponta-de-lança.
Isso porque os titulares de suas reais posições eram Dudu e Ademir da Guia.
Sem o espaço pretendido no Palmeiras, Suingue
topou sair. Ele e o ponteiro-esquerdo Rinaldo foram jogar no Fluminense por
empréstimo, e o Verdão recebeu o ponteiro-esquerdo Lula.
Em 1969, Suingue foi jogar no Corinthians,
onde ficou até 1973, geralmente na reserva de Dirceu Alves e Rivellino.
Posteriormente no Vasco, na maioria das vezes ficou na reserva do meia Buglê e
volante Alcir Portela - já falecido.
Agora, radicado
na cidade natal de Rancharia, com os seus quase 30 mil habitantes, ensina a
garotada em escolinha de futebol. No tempo restante trabalha como segurança de
um ho
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