segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Frases marcantes

No futebol, são incontáveis as lendas com um jeito de verdade. Igualmente histórias reais e indesmentíveis estranhamente são tidas como contos da carochinha por desavisados. Seja como for, o certo é que elas incorporaram o rico acervo da modalidade. Assim, hoje a coluna abusa de rebeldia ao despadronizar o habitual enfoque de ilustres personagens, trocando-os por deliciosas e marcantes frases protagonizadas por gente da bola ao longo de décadas.

Claudiomiro, centroavante goleador do Inter (RS) entre 1967 a 1974, mostrou desconhecimento geográfico em 1972, às vésperas de um jogo de seu time contra o Paysandu, em Belém do Pará. “Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu”.

O saudoso Vicente Matheus, que parecia umbilicamente ligado ao Corinthians, adorava fazer trocadilhos, sem prever que o principal deles resultasse em fusão outrora inimaginável entre acirradas concorrentes de cervejarias: “Agradeço a Antactica por ter mandado umas braminhas”. E quando o futebol francês cogitou a contratação do meia Sócrates, a resposta foi sarcástica: “O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável”.

Quem se divertiu com Matheus de certo deu boas gargalhadas com o irreverente ponteiro-direito Mané Garrincha. Dizem que durante a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, num dos passeios em dias de folga dos jogadores, ele teria comprado um rádio e posteriormente se queixado ao zagueiro Belini sobre a programação musical: “Pô, essa porcaria de rádio não toca música brasileira”. Argumentam ainda que no auge da comemoração pela conquista do título mundial ele eternizou esta frase: “Eta torneio mixuruco. Não tem nem segundo turno”.

Tão ou mais folclórico foi o centroavante Dario, o Dadá Maravilha. Na época em que futebol ainda não havia descoberto o potencial do marketing, ele já era um divertido marqueteiro com frases produzidas a cada promessa de gols ou em espontâneas entrevistas. Quando questionado sobre o grau de dificuldade de determinado adversário, a resposta era padronizada: “Não venham com a problemática porque eu tenho a solucionática”. E incluso entre os principais cabeceadores do futebol mundial, definiu a virtude na frase em que “só existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá”.

Igualmente frasista foi o atacante Romário. Certa ocasião, incomodado com alfinetadas de Pelé, descontou com acidez: “Deus abençoou os pés desse cidadão, porque quando ele abre a boca só sai merda”.

Pra arrematar, tem-se que destinar espaço ao lateral-direito Josimar, quando premiado com motorádio como melhor jogador em campo: “A moto eu vou vender e o rádio vou dar para a minha tia”.



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