segunda-feira, 22 de junho de 2009

Adílson Batista, carreira vitoriosa

Por Élcio Paiola (interino)

A nova safra de treinadores tem ocupado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, capitaneada pelo gaúcho Mano Menezes, do Corinthians. Hoje, profissionais como Wagner Mancini, Dorival Júnior, Ricardo Gomes, Zetti, Cuca, Sérgio Guedes e Adílson Batista são reconhecidos.
Desta leva, Adílson Batista está no comando do Cruzeiro desde dezembro de 2007, e agora levou o time à fase semifinal da Copa Libertadores da América, paradoxalmente disputando vaga de finalista contra o Grêmio, seu ex-clube.
Adílson Dias Batista, nascido em Andrianópolis, norte do Paraná, completou 41 anos de idade no dia 16 de março passado, e tem um histórico de colecionador de títulos, o primeiro no Atlético (PR) em 1988. Um ano antes, identificado pelo apelido de Pezão, jogava de volante. Aí, o treinador Levir Culpi o deslocou à quarta-zaga, para formar dupla com Marcão.
Ainda com idade de juniores integrou a seleção brasileira da categoria, destacando-se pelo futebol técnico e raçudo. Essas virtudes resultaram no interesse do Cruzeiro que o contratou. Aí, começou a sucessão de títulos: estaduais de 1990 e 92 e da Supercopa da Libertadores da América em 1991/92, naquele timaço com os atacantes Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho, volante Douglas e zagueiro Luisinho, ex-atleticano, entre outros.
Animada com a fase da equipe, a torcida do Cruzeiro respondia com presença marcante nas bilheterias do Estádio Mineirão, com público médio de 80 mil pagantes em 1992. Na primeira partida da final, o time ganhou do argentino River Plate por 2 a 0. Depois, no segundo jogo, sofreu tropeço pelo mesmo placar no Estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires. Assim, a definição se prolongou nas cobranças de pênaltis com vitória cruzeirense.
Quando seguia para o estádio, a delegação do Cruzeiro foi “repecionada” por torcedores rivais com pedradas e pauladas nos vidros do ônibus. A estratégia era amedrontar a boleirada que, em campo, também enfrentou a violência dos jogadores do River Plate.
Durante o transcorrer da partida, Luisinho foi expulso de campo porque fazia “cera” na cobrança de tiro de meta. Adílson, que voltava ao time após fratura na perna, entrou para recompor a dupla de zaga e sequer tocou na bola. No primeiro lance foi vítima de um carrinho maldoso de um adversário, que provocou nova fratura na perna.
Claro que passou pela cabeça de Adílson abandonar a carreira. Felizmente prevaleceu a persistência e a recompensa foi a brilhante carreira. Depois passou rapidamente pelo Inter (RS), mas foi no rival Grêmio que festejou os títulos gaúcho de 1995/96, a Libertadores da América de 95 e o Campeonato Brasileiro de 96. Também foi campeão da Supercopa da Ásia em 98/99 pelo Jubilo Iwata do Japão, e encerrou a carreira no Corinthians após o título do Mundial de Clubes em 2000.
O estágio inicial como treinador foi no Mogi Mirim (SP), Avaí e Paraná Clube. Depois foi campeão regional no América (RN), Figueirense e Cruzeiro. Também passou pelo Grêmio.

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