segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Edson Arantes, um outro Pelé

Há 31 anos o “rei” Pelé pendurou as chuteiras profissionalmente no Cosmos, dos Estados Unidos. De lá pra cá surgiram candidatos a destroná-lo, mas tudo ficou no ensaio. E isso nos remete ao inevitável questionamento: por que ainda não surgiu um outro Pelé? Não vai surgir?
Num mundo onde o homem supera suas marcas, de avanços tecnológicos até inimagináveis, já passou do tempo de surgir um outro Pelé, que foi um atleta completo nos fundamentos. Embora destro, usava muito bem o pé esquerdo. Tinha invejável impulsão para o cabeceio, apesar da estatura de 1,71m. Resumindo: atingiu a marca insuperável de 1.282 gols na carreira.
Se não há adjetivo para qualificar o jogador Pelé, o homem Edson Arantes do Nascimento, aniversariante neste 23 de outubro, sempre se envolveu em polêmicas. Agora, com 68 anos de idade, está solteiro. Desde fevereiro passado está separado da cantora gospel Assíria Lemos, cujo relacionamento matrimonial de 13 anos resultou em dois filhos (gêmeos).
Este foi o segundo casamento rompido por Pelé. Ainda garotão se casou com Rosimeri Cholbi e ambos tiveram três filhos: Kelly Cristina, Edson Cholbi Nascimento (Edinho) e Jennifer.
Fora dos casamentos Pelé teve mais duas filhas: Flávia Kurtz e Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto. A rigor, a Justiça o obrigou a reconhecer a paternidade de Sandra em 1996, em processo que tramitou desde 1991.
Sandra, que era vereadora em Santos, morreu no dia 18 de outubro de 2006, vítima de desdobramento de um câncer de mama. Na ocasião, Pelé foi questionado pela ausência no velório. Preferiu apenas enviar uma coroa de flores.
Pelé passou dissabores com o filho Edinho, que ficou preso em Tremembé - a 135 quilômetros de São Paulo – acusado de crime de lavagem de dinheiro. Edinho foi um goleiro só razoável nos tempos de Santos, Bahia e Ponte Preta.
De 1995 a 1998, Pelé dormia e acordava sonhando com o final da lei do passe, quando foi ministro dos Esportes no governo Fernando Henrique Cardoso. Argumentava que jogador de futebol não podia ser escravo de clubes. Aí, a vigência da Lei Pelé trucidou a “galinha de ouro” dos clubes, ou seja, o bom dinheiro com a venda do passe do atleta. Logo, foi odiado por cartolas.
Pelé foi comentarista esportivo da TV Globo e frequentemente emitia opiniões na mídia sobre assuntos polêmicos. A rápida repercussão rendeu-lhe inimizades, uma delas com o ex-atacante Romário, que respondeu críticas em tom agressivo: “O Pelé de boca fechada é um poeta. Quando ele abre a boca sai merda”.
A propósito, quem nasce em Três Corações, como Pelé, é? Enquanto você pensa, saiba que o “rei” aprendeu a “bater” de tanto apanhar. Em jogo do Santos contra o Cruzeiro, pela Taça do Brasil de 1968, atingiu o zagueiro Procópio, provocando rompimento de ligamentos do joelho.
Em 1965, quebrou a perna de Kiesman, na vitória do Brasil sobre a Alemanha Ocidental por 2 a 0. Na Copa do Mundo de 1970, na semifinal contra o Uruguai, o zagueiro Dagoberto Fontes pisou em sua mão, quando estava caído, e posteriormente descontou com uma cotovelada.
Saiba, ainda, que esse tricordiano (nascido em Três Corações) é compositor, tentou ser ator (participou de dez filmes), transformou-se num bem sucedido empresário e ainda é requisitado para “estrelar” em comerciais.

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