domingo, 7 de julho de 2024

Dos ex-atletas famosos, Michel Bastos anda esquecido

Que tal um teste para a sua memória futebolística? Pressupõe-se que atletas com passagens pela Seleção Brasileira em Copa do Mundo, nas últimas três décadas, sejam inesquecível, correto? Nem tanto. Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho são sempre lembrados, mas e o lateral-esquerdo Michel Bastos, titular da lateral-esquerda de 2010, na África do Sul, comandada pelo treinador Dunga?

O reserva dele, Gilberto, ex-São Paulo, de certo muitos também não se lembram, em competição com eliminação nas quartas de final. Na vitória sobre a Coréia do Norte por 2 a 1, a formação foi essa: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo (Ramires), Elano (Daniel Alves) e Kaká (Nilmar); Robinho e Luís Fabiano. Depois, Bastos não foi mais chamado no selecionado, totalizando dez partidas e um gol.

É intrigante essa história de atleta com passagens em grandes clubes brasileiros e até do exterior cair no esquecimento. Pois saibam que após se despedir do futebol profissional em 2019, Michel Bastos não conseguiu se desligar dos gramados. Em janeiro passado, aos 40 anos de idade, estava inscrito como reforço do Taboão da Serra (SP), para disputar o Campeonato Amador.

Revelado pelo Pelotas (RS), cidade que nasceu em 1983, Michel Fernandes Bastos disputou o Brasileiro da Série C de 2001 para, na temporada seguinte, vestir a camisa do Grêmio, onde ganhou visibilidade e trajetória internacional naquela década, em países como Alemanha, Holanda, Itália e França, onde atuava como meia e se caracterizava por chutes potentes, mas Dunga o convocou em 2009 para assumir a titularidade da lateral-esquerda, pois cumpria a exigência de quem atua na posição, de estilo técnico, capacidade de dribles para conduzir a bola limpa de trás, e ajudar na organização ofensiva, sem que isso provocasse descomprometimento no plano defensivo.

Na segunda década do século, teve saída conturbada na passagem pelo São Paulo em 2016, quando chegou a ser agredido por torcedores, tido por alguns como atleta descompromissado ou que fazia mal ao ambiente. Ele jogou ainda no Figueirense (SC), Athletico Paranaense, Palmeiras, Sport Recife, até que em 2019, após apenas três meses de contrato com o América Mineiro, e um jogo disputado, optou pela rescisão de contrato e encerramento da carreira.

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