domingo, 7 de janeiro de 2024

Adeus ao velho lobo Zagallo

Quando Mário Jorge Lobo Zagallo completou 80 e 90 anos de idade foi feita reprodução do histórico dele, inicialmente como atleta de América, Flamengo e Botafogo (RJ) na década de 50 e que se estendeu até 1963. Depois, a polêmica trajetória como treinador e coordenador técnico, com rótulo do único tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira.

Desde os 80 anos de idade, quando desfrutava de merecida aposentadoria, a saúde dele já estava debilitada, após retirada de um tumor no aparelho digestivo. Com o falecimento, o cenário apontou ao desavisado que ele era unanimidade, mas na prática, em 1997, ao conquistar a Copa América pela Seleção Brasileira, devolveu provocação de parte da imprensa com frase que imortalizada: "Vocês vão ter que me engolir".

Enquanto atleta, Zagallo tinha fôlego privilegiado, o que lhe permitiu que incorporasse o estilo de fechar espaços no meio de campo, para ajudar na marcação, mudando a característica do time de 4-2-4 para 4-3-3. E assim foi titular nas Copas de 1958 e 1962. Na primeira conquista da Seleção Brasileira, na Suécia, marcou o quarto gol da goleada por 5 a 2 sobre os anfitriões. E após isso, trocou o Flamengo pelo Botafogo, e se juntou a astros como Garrincha, Quarentinha, Didi, Amarildo.

Zagallo foi técnico do juvenil botafoguense e, na sequência, comandou os profissionais, sem projetar que seria o sucessor de João Saldanha no selecionado canarinho de 1970, que sagrou-se tricampeão mundial no México. Todavia, durante a preparação, ousou colocar Pelé no banco de reservas em amistoso contra a Bulgária, com a camisa 13, número de sua superstição.

Quatro anos depois, na Alemanha, Zagallo subestimou o forte selecionado holandês ao citar que não o conhecia e que ele deveria se preocupar com o Brasil. Pagou para ver e viu a eliminação brasileira na semifinal. Incontinenti ficou quase oito anos na Arábia Saudita, voltou a comandar clubes brasileiros, até que em 1994, como coordenador técnico da Seleção, sagrou-se tetracampeão nos Estados Unidos.

Depois, de volta ao comando técnico do selecionado, protagonizou aquela coreografia imitando um aviãozinho, ao devolver provocação do treinador da Seleção da África do Sul, num amistoso em que o Brasil ganhou de virada por 3 a 2, em Johanesburgo, em 1996. Dois anos depois, foi o comandante na perda do Mundial para a França.




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