segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Argentino Fischer foi ídolo do Botafogo (RJ) nos anos 70

O futebol brasileiro está infestado, como nunca, de jogadores oriundos de países sul-americanos. Até clubes de porte médio e pequeno fizeram investimentos neles, o que nos remete a décadas passadas, quando basicamente as chamadas grandes agremiações os importavam, principalmente no Sul do País.

Pelo Grêmio passaram os paraguaios Arce e Rivarola - lateral-direito e zagueiro, respectivamente -, além dos zagueiros uruguaios Ancheta e De Leon, entre outros. No Inter (RS) jogou o zagueiraço chileno Elias Figueroa, nos anos 70, mesmo período que o saudoso argentino Roberto Perfumo fez sucesso no Cruzeiro . Antes deles, o goleiro argentino Andrada ficou marcado, na passagem pelo Vasco, por ter sofrido o milésimo gol de Pelé. Ele morreu em 2019, aos 80 anos de idade.

Daquela leva que vinha pra cá, também deve ser citado o centroavante Rodolfo Fischer, falecido em 2020, que marcou época no Botafogo (RJ) de 1972 a 75, identificado apenas pelo sobrenome. Ele veio da Argentina, revelado pelo San Lorenzo, em transação intermediada pelo saudoso treinador Tim, seu velho conhecido. E soube explorar a elevada estatura para cabeçadas certeiras na bola, o que o credenciou entre os principais artilheiros das competições, mas também explorava a qualidade técnica com a bola nos pés e velocidade.

No Botafogo, ele fez dupla de ataque com Jairzinho, o furacão da Copa de 70, mas paradoxalmente é lembrado por botafoguense da época pelo gol perdido na final do Campeonato Brasileiro de 1972, contra o Palmeiras, quando, quase no final da partida, ficou cara a cara com o então goleiro Emerson Leão e chutou a bola na trave, quando poderia ter definido o título ao seu clube. Como o empate sem gols favoreceu ao Verdão, há quem jura ter testemunhado que, raivoso pelo gol perdido, ele teria 'esfaqueado' a bola.

Antes do regresso à Argentina, ainda passou pelo Vitória (BA), com histórico de 31 gols em 41 jogos. A carreira foi prolongada no San Lorenzo, Once Caldas da Colômbia, nos argentinos Sarmiento e Sportivo Belgrano, onde encerra a carreira em 1981.

E por ter defendido a seleção de seu país entre 1967 e 1972, com histórico de 12 gols, sempre era citado pelo mídia portenha. Como curiosidade, antes do ingresso no futebol, ele chegou a estudar um ano na Faculdade de Odontologia de Rosário (ARG), mas prevaleceu o sonho de ser jogador de futebol.


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