domingo, 24 de setembro de 2023

Adeus ao então zagueiro Marinho Peres

A morte do ex-zagueiro Marinho Peres neste 18 de setembro, vítima de complicações do desdobramento de AVC (Acidente Vascular Cerebral), remete a três ganchos a serem dissertados: alerta para os sintomas da doença, reviver o período em que a Portuguesa Desportos servia de trampolim para atletas de qualidade se transferirem a grandes clubes e tempos que se produzia beques de qualidade para o desarme.

Marinho Peres sofreu AVC em julho de 2019 e, de lá para cá, a saúde dele ficou debilitada, ultimamente com pneumonia e complicações cardíaca e renal. O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Os sintomas comuns da doença são dor de cabeça muito forte, vômitos, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou pernas, e até incapacidade para se movimentar. Podem ocorrer, ainda, perda da fala e visão.

Revelado pelo São Bento de Sorocaba, ele chegou na Portuguesa em 1967, clube que servia de transição para transferência de atletas a outros de maior projeção. O saudoso goleiro Félix foi para o Fluminense; lateral Zé Maria, meia Basílio e atacante Ivair no Corinthians; saudoso ponteiro-direito Ratinho no São Paulo; ponta-de-lança Leivinha no Palmeiras; enquanto ele (Marinho) acabou contratado pelo Santos em 1972.

Natural de Sorocaba, 76 anos de idade, Marinho se destacou no São Bento pela capacidade de desarme e antecipação nas jogadas à adversários. Por onde passou foi sempre elogiado. O ano de 1974 foi marcante na carreira dele. Atuações convicentes pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Alemanha serviram para despertar interesse do Barcelona (ESP), que veio buscá-lo, mas dois anos depois, de volta o Brasil, fez parte do lendário time do Inter (RS), ocasião que ocupou o lugar de Hermínio e formou dupla de zaga com o chileno Figueroa no título brasileiro daquela temporada, de um time que já o havia conquistado a competição no anterior, comandado pelo técnico Rubens Minelli.

A carreira de atleta prosseguiu até 1981 no América (RJ), mas antes passou pelo Palmeiras. Incontinente, exerceu o cargo de treinador, com passagens em clubes brasileiros como Santos, Botafogo (RJ), Juventude, América (RJ) e Guarani. Também trabalhou no futebol português e conquistou o título da Taça de Portugal pelo Belenenses, em 1989, além de passagens por Vitória de Guimarães e Sporting de Lisboa.

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