resistência de gestores, que arrumam alguma desculpa esfarrapada para que sequer seja avaliado, pois subjetivamente projetam que não vai vingar e pronto.
O ex-meia-atacante Juninho Paulista, com esse perfil, fez parte de uma geração que entrou na bola há mais de 30 anos, quando o talento do atleta era prioridade. E como demonstrava isso no futebol de salão no Juventus da capital paulista, a combinação de habilidade e velocidade ganhou mais proporção nos gramados, e por isso o Ituano o acolheu na categoria juvenil nos anos 90.
O processo de profissionalização foi rápido e assim, ora finalizava as jogadas criadas, ora fazia assistências a companheiros. Logo, o saudoso treinador Telê Santana, que comandava o São Paulo, mandou que fossem buscá-lo para inicialmente integrar o chamado expressinho, comandado pelo técnico Muricy Ramalho e criado para, juntamente com o elenco principal, cumprir extensa agenda de jogos.
Juninho participou do título da Supercopa Libertadores de 1993 e no ano seguinte, na noite de 16 de novembro, vivenciou algo inusitado em seu clube: cumprir agenda de dois jogos no Estádio Morumbi: às 20h contra o Sporting Cristal (PER), pela Copa Conmebol, quando atuou 32 minutos pelo expressinho e marcou um gol; como na partida subsequente, diante do Grêmio pelo Brasileirão, estando em campo por 20 minutos. Assim, entrou para a história como único jogador requisitado em rodada dupla de jogos oficiais no Brasil.
Em 1995, ao integrar a Seleção Brasileira, trocou o São Paulo pelo Middlesbrough (ING). Depois passou pelo Atlético de Madrid (ESP), Celtic (ESC), Sydney (AUS), Vasco, Flamengo, Palmeiras, até o encerramento da carreira no Ituano em 2010, onde assumiu a gestão administrativa do clube, que comemorou o título do Paulistão de 2014.
Natural de São Paulo, nascido em 1973 e registrado como Oswaldo Giroldo Júnior, se desligou do Ituano em 2019 para ingressar na função de coordenador de futebol da CBF, entidade que participou como atleta, na Seleção, de 1995 a 2003, totalizando 50 jogos, cinco gols e do penta mundial em 2002, quando só perdeu a vaga de titular para Kléberson nas quartas-de-final.
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