domingo, 10 de setembro de 2023

Wagner Mancini, de atleta razoável para treinador disputado

Diferentemente da maioria da boleirada que se vale basicamente de frases feitas nas entrevistas, o então meia-direita Wagner Mancini, lançado na equipe do Guarani em 1988, mostrava repertório abrangente sobre jogos em questão, em claro indício de 'leitura do cenário'. Logo, quando a carreira de atleta se findou em 2004, no Paulista de Jundiaí (SP), soube aproveitar a oportunidade na função de treinador, no próprio clube.

Sempre 'antenado' nas orientações de seus comandantes, ele soube extrair o máximo possível de cada um deles nos aspectos táticos, técnicos, disciplinar e psicológico. Foi assim na trajetória em clubes como Guarani, Portuguesa, Bragantino, Grêmio, Honda FC do Japão, Coritiba, Ponte Preta, Sãocarlense, Ceará, Figueirense, Sport Recife, Ituano e Paulista de Jundiaí.

E mesmo cotado como jogador apenas razoável, a próspera carreira de treinador não poderia ter sido melhor, ao levar o Paulista à conquista do inédito título da Copa do Brasil de 2005, o que reservou vaga ao clube na Copa Libertadores e abriu-lhe as portas até do futebol dos Emirados Árabes, no Al-Nasr.

Nas andanças por clubes brasileiros, só no Vitória (BA) trabalhou quatro vezes, com conquista do acesso ao Brasileirão de 2016 e título de competição regional. Em outros clubes médios participou de conquistas estaduais no Ceará e Chapecoense (SC), clube que assumiu após a tragédia aérea que provocou mortes de quase toda delegação e do treinador Caio Júnior.

Na passagem pelo Guarani em 2010, foi rebaixado à Série B do Brasileiro, como também trabalhou em outros clubes médios como Sport Recife, Náutico, Athletico Paranaense, Atlético Goianiense, América Mineiro e Ceará. Entre os grandes, esteve duas vezes no Grêmio, assim como treinou Santos, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, além do Botafogo (RJ), onde foi rebaixado à Série B do Brasileiro de 2015. Também foi coordenador técnico do São Paulo e treinador interino com o afastamento do comandane Cuca, por problema de saúde.

Natural de Ribeirão Preto (SP), 56 anos de idade, Wagner Mancini faz parte de uma família de boleiros. Seu filho é o zagueiro Matheus Mancini, hoje no Criciúma e 'rodado' no Santo André, Vila Nova, Inter de Limeira, Ituano e Confiança. Seu pai, Vastinho Mancini, falecido em 2018, jogou nos rivais Comercial de Botafogo de Ribeirão Preto.

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