domingo, 6 de agosto de 2023

Um outro Zé Maria também fez sucesso no futebol

Há histórias de jogadores que demoram a se deslanchar no futebol, e um deles foi o lateral-direito José Marcelo Ferreira, que o então diretor de futebol da Portuguesa Mário Carvalho insistiu para que ele fosse identificado como Zé Maria, provavelmente projetando, ao sair das categorias de base ao profissional, em 1991, estivesse surgindo um outro Zé Maria, o batizado 'Super Zé' nos tempos de Corinthians.

Só que o piauiense Zé Maria, natural da cidade Oeiras, que neste 23 de julho completou 50 anos de idade, teve carreira oscilante até 1994, nos empréstimos discretos ao Sergipe e Ponte Preta. No retorno à Lusa, começou a mostrar a sua verdadeira identidade futebolística, pela facilidade de arrancar com a bola ao ataque, precisão nos cruzamentos e até finalizações, virtudes que renderam-lhe o prêmio de melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro de 1995, ano do vice-campeonato da Lusa.

Logo, foi aberto o caminho para chegada à Seleção Brasileira, com histórico de 43 partidas até 2001, e conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, ano que se transferiu ao Flamengo, em tempo de sagrar-se campeão estadual daquela temporada, mas, cobiçado pelo Parma da Itália, 'bateu asas' rapidinho, familiarizando-se com o futebol europeu, embora tenha acusado efêmera passagem pelo Vasco em 1998, com retorno em seguida no Perugia (ITA), até 2004.

O vaivém Brasil/Europa implicou em ainda ter jogado no Palmeiras e Cruzeiro, sem que repetisse o mesmo rendimento. E ainda passou por Internazionale (ITA), Levante (ESP) e Sheffield United (ING).

Em gratidão à Portuguesa, que abriu-lhe as portas, planejou o encerramento no clube em 2008, mas, devido à lesões, só atuou no Paulistão. Aí, com indecisões sobre o rumo a tomar, escolheu a cidade de Campinas (SP) para montar uma rede de lanches rápidos, a ‘Mister Zio’, que não prosperou. Dois anos depois 'bateu o arrependimento' e ele decidiu fechar as portas do estabelecimento.

Logo, decidiu retornar à Itália, fixando residência em Perugia. Abriu uma escolinha de futebol, e colocou em prática o sonho de se transformar em treinador, ao se submeter a um dos mais importantes cursos de formação no mundo. E as primeiras oportunidades surgiram em clubes de divisões inferiores da Itália, a fim de se preparar para desafios maiores.


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