segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Giovanni, meia clássico dos anos 90

Jogador com característica aparentemente lenta, como foi o caso do meia-atacante Giovanni Silva de Oliveira, na lista dos camisas dez mais famosos que passaram pelo Santos, só consegue espaço no futebol se a compensação for através de estilo de jogo clássico, dribles que escondem a bola do adversário, visão apurada do gramado e 'fazedor' de gols, quer pela inquestionável pontaria, quer pelo estilo cabeceador.

Pois Giovanni se enquadrava em todas conotações citadas, e por isso foi ganhador de títulos por onde passou, a começar pelo Santos, após breve passagem por Tuna Luso, Paysandu e Remo - clubes paraense de Belém -, sua cidade natal. Pelo time santista foi eleito o melhor jogador do Brasileirão de 1995, ocasião em que a sua equipe foi vice-campeã da competição, e o histórico dele foi de 17 gols, em ano que chegou à Seleção Brasileira.

Na temporada seguinte marcou 24 gols pelo Campeonato Paulista e, entre os diversos pretendentes pelo seu futebol, no exterior, a melhor oferta foi a do Barcelona (ESP), clube que também se destacou a partir de 1996, com repasse a outras agremiações da Europa e Oriente Médio, como no Olympiacos da Grécia - onde chegou à artilharia da edição nacional - e Al-Hilal e Ethnikos.

Nas outras duas vezes que retornou o Santos não ratificou aquilo que havia feito anteriormente. Os respectivos períodos foram intercalados com contratos assinados no Sport Recife e Mogi Mirim. Pela equipe pernambucana, em 2007, ficou apenas 12 dias. Rescindiu o contrato em razão da saída do treinador Alexandre Gallo, que havia se transferido ao Inter (RS). Na ocasião, do próprio bolso, Giovanni pagou a multa rescisória.

Aí decidiu aceitar convite do amigo Rivaldo, à época presidente do Mogi Mirim, para dar sequência à carreira. Depois, sem jogar uma partida sequer durante nove meses, acertou seu segundo retorno ao Santos, em dezembro de 2009, com desconfiança da maioria. Na prática, não se firmou como titular e optou pelo encerramento da carreira, meses depois.

Assim, retornou à capital paraense, a fim de cuidar dos negócios. Hoje, aos 50 anos de idade, nas resenhas com amigos ressalta a passagem pela Seleção Brasileira e histórico de 20 jogos e seis gols, estendida até 1999, sendo que um ano antes foi vice-campeão Mundial. Também lembra que foi ele quem levou Paulo Henrique Ganso para o Santos.

Nenhum comentário: