sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Diego Ribas, 20 anos de sucesso no futebol

 Perfil da coluna é retomar históricos de craques do passado, na maioria das vezes no ostracismo. Todavia, cabe abordagem sobre um que acabou de sair de cena: o meia Diego Ribas, que no encerramento da temporada do Flamengo, neste 20 de novembro, contra o Avaí, anunciou que as botinas estão penduradas. É o fim de uma trajetória de quem aos 16 anos de idade integrava o elenco profissional do Santos, que teve repassagens por renomados clubes europeus, integrou a Seleção Brasileira a partir de 2003, e outrora foi apontado pela Fifa como um dos 23 melhores jogadores do planeta.

Com este cartão de visita, difícil compreender como admitiu longo período na reserva do Flamengo, com raras aparições durante partidas. Há casos de atletas tão enraizados ao meio que a hipótese de separação provoca trauma. No caso do paulista Diego Ribas, 37 anos de idade, pressupõe-se que teria gás para alongar a permanência enquanto atleta em clube de menor exigência, mas a decisão foi tomada.

No Santos do atacante Robinho de 2002, Diego já era referência com dez gols, assistências, título do Campeonato Brasileiro e integrante da Seleção Brasileira a partir de 2003. Assim, o Santos conseguiu mantê-lo por dois anos, quando participou de duas Libertadores seguidas. Aí, com cobiça do mercado europeu, transferiu-se para o Porto, de Portugal.

A trajetória internacional se prolongou no Werder Bremen da Alemanha, com rasgados elogios do ex-ídolo Franz Beckenbauer. Se na Juventus da Itália não conseguiu repetir a regularidade, obteve êxito nas duas passagens pelo Wolfsburg (ALE), empréstimo ao Atlético de Madrid (ESP), Fenerbahçe da Turquia, e por fim o Flamengo, a partir de 2016.

Em 2020, com Rogério Ceni como treinador, foi recuado à função de volante, e teve adaptação aceitável. Agora, ao sair de cena, máculas no início da carreira são reproduzidas, como publicação da Placar, de abril passado, que recapitulou 2004, ano que ficou marcado por polêmicas e desafetos, e por isso chamado de 'metidinho'.

O texto lembra que pisou no escudo do São Paulo durante comemoração de um gol em 2002, no Estádio do Morumbi, ocasião em que também foi acusado de racismo por jogador do Corinthians, na decisão do Campeonato Brasileiro daquela temporada. “Só porque sou branquinho, classe média e meu cabelo é liso alguns ficam com o pé atrás”, falou.

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