domingo, 30 de outubro de 2022

Paulo Rink, brilho no futebol e frustração na política

São incontáveis as personalidades do mundo do futebol que migram para a política, dentre elas o ex-atacante Paulo Rink, com ápice na carreira pelo Athletico Paranaense e futebol alemão. Quando largou a bola, veio a cobiça para se eleger vereador em Curitiba (PR), em 2012, pelo PPS (Partido Popular Socialista). Eleito com 5.625 votos, seu projeto que isentaria clubes profissionais da cidade de pagamento do IPTU foi rejeitado, e o mandato foi cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná por infidelidade partidária, quando se filiou ao PR (Partido Republicano).

Na candidatura do pleito de 2016 ao legislativo municipal, conseguiu a reeleição, mas sonhou com cadeira de deputado federal dois anos depois, e obteve 19.307 votos, insuficientes para se eleger. Assim, em outra tentativa ao parlamento, em dois outubro passado, pelo Partido Solidariedade, a constatação de que a sigla não elegeu um deputado sequer no Estado, e que até o presidente do partido, Paulinho da Força, não se reelegeu por São Paulo, após quatro legislaturas.

Em contraposição, Paulo Rink teve trajetória histórica no futebol. De goleiro de futsal, na pré-adolescência, foi transformado em talentoso atacante. Mesmo aprovado na base do Atlhletico Paranaense, em meados da década de 90, acabou emprestado ao Atlético Mineiro e Chapecoense, para brilhar no clube de origem a partir de 1995, ao formar dupla de ataque com Oséas, revivendo a ‘dobradinha’ Assis/Washington - ambos falecidos - da década de 80, no próprio clube.

Paulo Rink foi um canhoto que driblava em velocidade e chutava forte ao se aproximar da área adversária. A boa pontaria e facilidade para enfrentar goleiros o transformaram num dos principais artilheiros do Brasil da época, fato que despertou cobiça do Bayer Leverkusen, que o levou dois anos depois.

Devido à descendência de avós paternos alemães, bastou um ano para a naturalização, convocação ao selecionado do país, e registro de 23 jogos. Assim, afora o hiato de 1999, quando regressou ao Brasil para jogar no Santos, na sequência continuou no exterior em outros clubes alemães de menor expressão, Chipre, Coréia do Sul, até o retorno ao Atlético Paranaense em 2006, com propósito de jogar mais um ano e, incontinenti, iniciar trajetória como dirigente do clube e posteriormente na política.


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