sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Vasco sobe, mas tem a pecha de maior rebaixado

Torcedor vascaíno esgoelou de emoção ao final da partida contra o Ituano, quando finalmente acabou o pesadelo como integrante do Campeonato Brasileiro da Série B, e acesso garantido ao Brasileirão de 2023, com a vitória por 1 a 0 sobre o Ituano, na noite de domingo.

Dos grandes clubes do futebol brasileiro, o Vasco foi aquele com maior registro de rebaixamentos à Série B, em quatro ocasiões: 2008, 2013, 2015 e 2020. Em seguida aparece o rival Botafogo (RJ), que caiu três vezes: 2002, 2014 e 2020. Logo, passou a angústia do vascaíno, embora as imagens da televisão flagraram o clima de tensão em Itu.

Exatamente para recapitular esse vaivém de divisão do clube carioca, a coluna troca a habitual abordagem de um personagem pelo fato. No primeiro mandato do ex-centroavante Roberto Dinamite na presidência do Vasco, em 2008, a derrota por 2 a 0 para o Vitória (BA) decretou o primeiro dos quatro rebaixamentos.

Foi quando um gaiato ameaçou se jogar da marquise do Estádio São Januário, criando clima de apreensão. Para evitar tragédia, torcedores estenderam um 'bandeirão', com a finalidade de amortecer eventual queda do desequilibrado, enquanto em outra linha de atuação bombeiros conseguiram imobilizá-lo.

Assim como nos tempos de jogador, Dinamite deu a volta por cima na administração, ao revigorar o elenco na temporada seguinte, que resultou em retorno ao Brasileirão e conquista da Copa do Brasil. Aquela campanha foi suficiente para desmobilizar a tímida oposição do clube capitaneada pelo saudoso presidente Eurico Miranda.

Em 2013, o Vasco terminou participação na Série A como 18º colocado, com 44 pontos e aproveitamento de 39% daquela disputa. Na ocasião, a equipe dirigida pelo treinador Adílson Batista contava com jogadores como Marlone, Guiñazú e o lateral-direito Facner, hoje no Corinthians.

O acesso ocorreu na temporada seguinte, mas o clube entrou num processo de bate e volta, pois caiu novamente em 2015. E por capricho do futebol, o treinador era o mesmo Jorginho que agora conseguiu o acesso, como Nenê também participava, e até sofreu pênalti no empate sem gols com o Coritiba, debaixo d'água, não marcado pelo árbitro Anderson Daronco.

Por fim, a última queda em 2020 contou com o treinador Vanderlei Luxemburgo no comando, e paradoxalmente o centroavante era Cano - hoje artilheiro do Brasileirão pelo Fluminense.


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