segunda-feira, 16 de maio de 2022

Juan, lateral-esquerdo que jogou durante 19 anos

Site Dicionário dos Nomes Próprios, que revela os respectivos significados, informa que Juan é a variante espanhola do nome João, que tem origem no hebraico Iohanan, Yehohanan. E quando pais registram filhos brasileiros como Juan, imaginam estar em países com predominância da língua espanhola, a fim de que o 'J' soe como 'R, provavelmente com justificativa de que a família tem passaporte da Espanha.

O caso do ex-lateral-esquerdo Juan Maldonado Jaimez Júnior é mais um daqueles em que usualmente a pronúncia é Ruan. Ele teve trajetória de 19 anos como atleta, marcada com conquistas de títulos estaduais no Fluminense, Santos e principalmente no Flamengo, quando além de levantar o caneco do Carioca fez o gol da vitória sobre o Vasco, na conquista da Copa do Brasil de 2006. Lá ele foi campeão do Brasileirão de 2009, sempre elogiado pela capacidade técnica, ao levar a bola ao ataque e criar situações embaraçosas aos adversários.

Paulistano de 40 anos de idade completados em fevereiro passado, a história dele começou nas categorias de base do São Paulo, até que em 2000 se profissionalizou e no ano seguinte se transferiu ao Arsenal e Millwall da Inglaterra, com retorno ao Brasil em 2004, para jogar no Fluminense.

Na prática, o futebol dele decolou a partir dali, com ápice no Flamengo. Em 2008, foi premiado como melhor lateral-esquerdo do Campeonato Carioca e do Brasileirão, além de receber o prêmio Bola de Prata. Naquele ano áureo foi convocado à Seleção Brasileira, quando participou de dois jogos das Eliminatórias à Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

No Flamengo ele ficou cinco anos, para em seguida retornar ao São Paulo, depois Santos, quando atuou eventualmente como meia. A partir dali começaram passagens em clubes de porte inferior como Vitória (BA), Coritiba e Goiás. Por sinal, em 2015 chegou a ficar seis meses desempregado, quando recusou propostas financeiras de alguns clubes. Aí, para manter a forma, aceitou participar de peladas com amadores, como no campeonato para sócios do São Paulo.

Já na estrada da volta no futebol, os últimos anos de carreira foram em Avaí, CSA, Tombense e Boa Vista do Rio de Janeiro, quando já estava amadurecida a intenção de aposentadoria de uma carreira de cerca de 600 partidas e 63 gols. À época, já pensava em abraçar a carreira de empresário de futebol, sem que o sonho fosse realizado.

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