domingo, 1 de maio de 2022

Dêner, um dos maiores ídolos da Portuguesa

Embora sem calendário para esse segundo semestre de 2022, o torcedor da Portuguesa de Desportos está orgulhoso pela conquista do acesso ao Paulistão do ano que vem e, de certo, recorda ídolos que passaram pelo clube, um deles o saudoso meia Dêner, que surgiu nas categorias de base em 1991, com jeitão de novo príncipe, como era identificado o atacante Ivair.

Franzino e rápido como lambari, Dêner deixava a ‘zagueirada’ estonteante com as suas arrancadas e sempre marcava os seus golzinhos. Logo, foi convocado à Seleção Brasileira pelo então treinador Paulo Roberto Falcão e ficou deslumbrado. E quando colocou a mão num dinheiro jamais visto, a ‘mulherada’ ficou assanhada, e o então menino humilde não teve estrutura psicológica para administrar a fama.

Cartolas da Lusa projetaram recuperá-lo emprestando o passe ao Grêmio em 1993, mas diante da passagem apenas discreta o segundo empréstimo foi para o Vasco, com objetivo de negociá-lo posteriormente com clube do exterior. Quis o destino que a história daquele jovem de carreira promissora,  23 anos de idade, terminasse no dia 19 de abril de 1994, quando morreu vitimado por acidente de automóvel na Avenida Borges de Medeiros, que margeia a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Ele viajava de São Paulo ao Rio de automóvel, em companhia do amigo Oto Gomes de Miranda, que dirigia o Mitsubishi branco, dormiu no volante e perdeu a direção. Com isso o carro se chocou contra uma árvore. Dêner morreu quando repousava no banco do carona reclinado, pois o pescoço ficou prensado no cinto de segurança, provocando estrangulamento. O laudo médico apontou asfixia e fratura cervical.

Curioso é que na véspera da morte, dirigentes da Lusa haviam definido a transferência do jogador para o Stuttgar, da Alemanha, mas a Europa não pôde se deliciar com o talento dele. Pior ainda o Vasco não ter feito seguro de US$ 3 milhões - valor do passe - e o caso tramitou na Justiça, até que fosse condenado ao pagamento.

Outro astro renomado na história da Lusa foi José Lázaro Nobles, o Pinga, maior artilheiro do clube de todos os tempos com 190 gols. Em 1952, após oito anos ininterruptos na Lusa, Pinga foi brilhar no Vasco, ocasião em que a empresa Gillette o requisitou como garoto-propaganda para um comercial sobre lâmina de barbear. Ele morreu no dia 7 de maio de 1996.


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