segunda-feira, 15 de março de 2021

Júnior Baiano, história de ídolo e encrenqueiro

Ex-zagueiro Junior Baiano chegou aos 51 anos de idade, neste 14 de março, com incontáveis histórias na carreira, principalmente encrencas na trajetória em clubes como Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Vasco, todos com conquistas de títulos. No rubro-negro, ao receber tapa do então atacante vascaíno Edmundo, o revide foi com um soco no rosto.

Anos depois, após selar as pazes com o então desafeto, não manifestava arrependimento. Gabava-se de não levar desaforo pra casa, e até comprava encrencas que criavam contra seus companheiros, como em jogo da Seleção Brasileira contra a Jamaica, na Copa do Mundo de 1998.

Na ocasião, irritado com o jamaicano Whitmore, que havia agredido o ponteiro-esquerdo Denílson, foi à forra ao desferir-lhe cotovelada e nocauteá-lo, provocando a sua expulsão. Naquela competição, Júnior Baiano segurou a camisa do norueguês Andre Flo dentro da área, em pênalti convertido e que resultou na derrota brasileira por 2 a 1. E a despedida dele do selecionado deu-se após traumática derrota para a França, na final daquela competição.

Júnior Baiano foi até taxado de violento por se impor nas divididas, ou nos carrinhos assustadores. Isso não impediu que praticasse um futebol técnico e destemor pra driblar atacantes e valorizar saída de bola. Também explorava a estatura de 1,94m de altura para gols de cabeça. No total, entre idas e vindas do Flamengo, marcou 33 gols.

Em 1984 transferiu-se ao São Paulo e já na temporada seguinte insinuou que o ex-árbitro Oscar Roberto Godoy estaria embriagado, quando apitava o clássico com o Corinthians. Após ter gesticulado, carimbou a acusação ao citar que ele estaria com cheiro de álcool. O caso foi parar na Justiça, mas independentemente disso Godoy passou a persegui-lo. Fez confissão de que marcava até faltas que ele não cometida.

Por duas vezes Raimundo Ferreira Ramos Júnior, natural de Feira de Santana (BA), tentou ingressar na carreira de treinador no futebol goiano, mas não prosperou. Em 2012 esteve no Santa Helena - clube de segunda divisão - e em 2019 no Itumbiara. Ainda como atleta acusou passagens no exterior por Werder Bremen (ALE), Shanghai Shenhua (CHI) e Miami (EUA). Também passou pelo Inter (RS) antes de enfrentar a penosa estrada da volta do futebol em agremiações como Brasiliense (DF) e América, Volta Redonda e Macapá, todos do Rio de Janeiro.



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