sábado, 9 de janeiro de 2021

Lateral Júnior, um colecionador de títulos

A primeira curiosidade de quem pesquisar detalhes sobre a carreira do lateral-esquerdo Júnior, campeão da Libertadores tanto no Palmeiras como no São Paulo, seria questionar por que foi identificado assim se não tem Júnior incorporado ao nome, cujo registro de nascimento aponta como Jenílson Ângelo de Souza, natural de Santo Antonio de Jesus, no recôncavo baiano?

Entre dezenas de vídeos e publicações consultados, comunicadores sequer fizeram correlação de nome e apelido. Também o lapso em questão provavelmente deva ser desconsiderado, para se abrir espaço à divulgação de uma carreira de sucesso, com participação na conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira em 2002, no Japão e Coreia do Sul, quando, na reserva de Roberto Carlos, pôde atuar na goleada por 5 a 2 sobre a Costa Rica, ocasião em que marcou um dos gols, o único em 22 jogos nos oito anos intercalados em que foi convocado.

Júnior foi o típico lateral que aplicava dribles curtos e progressivos em adversários, virtudes que implicavam em facilidade para levar a bola ao ataque. Por isso pôde dar um salto no futebol quando o lateral Roberto Carlos se transferiu do Palmeiras ao Internazionale (ITA). Foi quando o clube foi buscá-lo no Vitória (BA).

A escolha para reposição da vaga do ídolo deu certo, pois logo no primeiro ano de clube, em 1996, já conquistou o título paulista, que se somou à Copa do Brasil e Mercosul em 1998, e a tão perseguida Libertadores na temporada seguinte, nos quatro anos vinculados ao Verdão.

Na crista da onda, foi jogar na Itália durante os primeiros quatro anos do século, vinculado ao Parma, intercalado a curto período de empréstimo ao Siena. Foi quando confessou dificuldade inicial de adaptação, pois os treinadores daqueles clubes priorizavam o lateral marcador.

Exatamente porquê já havia se familiarizado a guarnecer o setor, inicialmente estranhou a obrigatoriedade de atacar quando o São Paulo o resgatou ao futebol brasileiro a partir de 2004. Como quem sabe não desaprende, o rendimento no clube foi tão bom quanto no Palmeiras. E gaba-se das conquistas do tri no Brasileirão e levantar o caneco na Libertadores e Mundial de Clubes, quando o esquema são-paulino em questão era o 3-5-2, que lhe dava liberdade para atacar. Ele ainda jogou no Atlético Mineiro e Goiás, quando pendurou as chuteiras os 37 anos de idade.

Nenhum comentário: