domingo, 31 de janeiro de 2021

Clemer, goleiro do título mundial do Inter (RS)

Os últimos 15 anos tem sido marcado com muitas emoções aos torcedores do Inter (RS). Por duas vezes o time participou do Mundial de Clube. Se conquistou o título em 2006, foi eliminado precocemente em 2010, na derrota por 2 a 0 para o Mazembe por 2 a 0, nos Emirados Árabes. Tragicamente foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro em 2016, mas retornou à elite já na temporada seguinte. E a reorganização da equipe a coloca na briga direta pelo título do atual Brasileirão.

Daquele Inter que venceu o Barcelona (ESP) por 1 a 0 e foi campeão mundial de 2006, o treinador era o mesmo Abel Braga. Entre os atletas, o centroavante Fernandão morreu em acidente aéreo e o goleiro foi o maranhense Clemer Melo da Silva, nascido em 20 de outubro de 1968, com histórico de oito temporadas pelo clube, 354 jogos, e considerado um dos maiores ídolos da história do clube.

Clemer se valia da elasticidade, reflexo e era destemido nas saídas da meta em bolas cruzadas. Ele conta que durante a disputa da Libertadores de 2006 o Inter havia abolido regime de concentração, com promessa de comprometimento de seriedade do elenco fora de campo. Em certo momento o treinador Abel Braga teria proposto a volta do regime, mas o grupo havia pedido um voto de confiança, com garantia que nada se modificaria. “Com aquilo, ele [Abel] colocava responsabilidade na gente. Nós bancamos e fomos campeões", lembrou Clemer, que sequer pagava conta em restaurante. “Eu ia pagar e o dono não deixava", contou.

A partir de 1987 Clemer foi galgando degraus na carreira iniciada no Moto Clube (MA), com passagens por Ferroviário (CE), Remo (PA), Guaratinguetá (SP), Santo André, Goiás, até que a carreira decolasse ao chegar na Portuguesa, quando ficou marcado entre os melhores da posição no País, tanto que o então treinador Zagallo o convocou à Seleção Brasileira. Incontinenti, despertou interesse do Flamengo, clube que atuou de 1997 até 2002.

Em 2010, aposentou-se como jogador e virou preparador de goleiros do Colorado. Na temporada seguinte começou a atuar como treinador da categoria juvenil, até que em 2015, no Glória de Vacaria (RS), começou a trajetória como treinador de equipe profissional. Aí passou por Sergipe e Brasil de Pelotas em 2017, desligado do clube após sequência de maus resultados na Série B do Campeonato Brasileiro.


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