sábado, 18 de janeiro de 2020

Denílson Show, drible no campo e alegria na TV


 Além da língua portuguesa, qual outro idioma o ex-atacante Denílson Show domina relativamente? De certo os seis anos no Betis serviu para falar fluentemente o espanhol. Quando ele deixou o São Paulo, em 1998, a transferência ao clube europeu foi considerada a maior até então, no valor de 32 milhões de dólares, correspondente à época em cerca de R$ 13,2 milhões.

 Em 2003, foi diagnosticado com problema na cartilagem do joelho, com previsão de vida útil como atleta por mais cinco anos. Logo, surgiu o temor de escassearem aqueles dribles estonteantes com mudança de percurso, que deixavam adversários estatelados no gramado. Foi aí que ele confessou ter se preocupado em fazer contratos compensadores, independentemente do país em que estivesse empregado.

 Assim, em 2005 se transformou num cigano da bola, com repasse em clubes europeus e asiáticos. O mínimo indispensável das línguas francesa e inglesa ele falava nas passagens pelo Bordeaux (FRA), Maldlesbrough (ING) e Dallas (EUA). Contudo, quando esteve no Al Nassr teve que recorrer a intérprete árabe.

 No Palmeiras em 2008, imaginou repetir lampejos de dribles, mesmo que nada significasse aquela imagem da Copa do Mundo de 2002, no Japão e Coréia do Sul, que correu o mundo. À época, quatro jogadores turcos tentaram cercá-lo para desarmá-lo, mas apenas o barraram quando um deles cometeu falta.

 Se no Verdão a demonstração já era de jogador decadente, logo previu encaixe no Itumbiara de Goiás. Por sorte, a fama de craque do passado ainda reabriu-lhe portas do exterior como no Kavala da Grécia e vínculo curtíssimo no Xi Máng Phòng do Vietnã, em 2010, quando atuou em apenas um jogo e marcou gol de falta.

 No mesmo ano desligou-se da carreira de atleta, e seu estilo brincalhão casou bem à função de comentarista da TV Bandeirantes durante a Copa do Mundo da Espanha, ao integrar equipe em questão.

 Como caiu no agrado do telespectador, ganhou contrato de integrante fixo no programa 'Donos da Bola', quando divide a bancada com a jornalista Renata Fan. E as frequentes aparições em outros canais permitiu que revelasse a sofrida infância em São Bernardo do Campo (SP), sua cidade natal, e frustração de ter sido proibido de entrar no CT do São Paulo, para se recuperar de lesão. Ele ainda espera que o cantor Beto pague-lhe dívida de R$ 5 milhões, após sentença judicial de 2017.

Nenhum comentário: