Além
da língua portuguesa, qual outro idioma o ex-atacante Denílson Show
domina relativamente? De certo os seis anos no Betis serviu para
falar fluentemente o espanhol. Quando ele deixou o São Paulo, em
1998, a transferência ao clube europeu foi considerada a maior até
então, no valor de 32 milhões de dólares, correspondente à época
em cerca de R$ 13,2 milhões.
Em
2003, foi diagnosticado com problema na cartilagem do joelho, com
previsão de vida útil como atleta por mais cinco anos. Logo,
surgiu o temor de escassearem aqueles dribles estonteantes com
mudança de percurso, que deixavam adversários estatelados no
gramado. Foi aí que ele confessou ter se preocupado em fazer
contratos compensadores, independentemente do país em que estivesse
empregado.
Assim,
em 2005 se transformou num cigano da bola, com repasse em clubes
europeus e asiáticos. O mínimo indispensável das línguas francesa
e inglesa ele falava nas passagens pelo Bordeaux (FRA), Maldlesbrough
(ING) e Dallas (EUA). Contudo, quando esteve no Al Nassr teve que
recorrer a intérprete árabe.
No
Palmeiras em 2008, imaginou repetir lampejos de dribles, mesmo que
nada significasse aquela imagem da Copa do Mundo de 2002, no Japão e
Coréia do Sul, que correu o mundo. À época, quatro jogadores
turcos tentaram cercá-lo para desarmá-lo, mas apenas o barraram
quando um deles cometeu falta.
Se
no Verdão a demonstração já era de jogador decadente, logo previu
encaixe no Itumbiara de Goiás. Por sorte, a fama de craque do
passado ainda reabriu-lhe portas do exterior como no Kavala da Grécia
e vínculo curtíssimo no Xi Máng Phòng do Vietnã, em 2010,
quando atuou em apenas um jogo e marcou gol de falta.
No
mesmo ano desligou-se da carreira de atleta, e seu estilo brincalhão
casou bem à função de comentarista da TV Bandeirantes
durante a Copa do Mundo da Espanha, ao integrar equipe em questão.
Como caiu no agrado do telespectador, ganhou contrato de integrante fixo
no programa 'Donos da Bola', quando divide a bancada com a jornalista
Renata Fan. E as frequentes aparições em outros canais
permitiu que revelasse a sofrida infância em São Bernardo do Campo
(SP), sua cidade natal, e frustração de ter sido proibido
de entrar no CT do São Paulo, para se recuperar de lesão. Ele ainda espera que o cantor Beto pague-lhe dívida de R$ 5 milhões,
após sentença judicial de 2017.
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