segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Que 2020 será diferente?


 Há exatos dez anos, em mais um dezembro, sugeri compartilhamento dos desportistas à reflexão se ainda havia espaço para surgimento de outro atleta do século, do tipo Pelé. Pois agora, num exercício de futurologia para 2020 e década subsequente, a questão que se coloca é se haverá mudanças radicais em alguns segmentos esportivos?

 Céticos de plantão asseguram que jamais vai nascer outro igual a Pelé. E acrescentam: quem viu, viu; quem não viu, não verá mais. Será? Convenhamos que passou da hora para o surgimento de outro jogador completo nos fundamentos chute, drible, cabeceio, passe e posicionamento. Pelé surgiu no futebol há mais de 63 anos, e tem lógica projetar que alguém ainda vai destroná-lo. Difícil é prever quando.

 O novo 'rei' precisará mostrar chutes certeiros de curta e longa distância - inclusive em cobranças de falta -, sem distinção de perna direita e esquerda. Outro requisito é tabelinha objetiva com companheiro de ataque nas proximidades da área adversária. E se tiver estatura mediana como Pelé - 1,73m de altura - terá de necessariamente compensar com boa impulsão e colocação para suplantar, de cabeça, zagueiros grandalhões. E mais: o sucessor do rei terá de marcar mais de 1.200 gols.

 Há dez anos já se questionava melhor segurança nos estádios, do tipo policiais à paisana infiltrados entre torcedores de organizadas, como indicativo para se distinguir baderneiros e enquadrá-los em legislação específica sugerida ao futebol, prevendo punições drásticas a transgressores.

 Fique de olho em dinheiro público de diferentes esferas governamentais injetado em clubes. Igualmente os anos se sucedem e dirigentes voltarão a ser acusados de jogar dinheiro no ralo, com administrações incompetentes. São gastos absurdos com jogadores de qualidade duvidosa, elencos inchados, 'gorduras' em comissões técnicas e assessores incompetentes. Cadê a fiscalização através de conselhos de clubes?

 Preços de ingressos de jogos não podem ser majorados conforme conveniência de cartolas. E se há uma década criticava-se treinadores que protegem jogadores indisciplinados, parte significativa já mostra postura rigorosa, mas ainda há insistência na escalação de jogadores em má fase técnica. Então, chega de regalias! Chega de passar a mão na cabeça do craque! E que os boleiros parem de cometer erros de passes curtos. Feliz 2020.

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