segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Maldito crack ainda atormenta Régis Pitbull


 Vídeo viralizado nas redes sociais mostra motorista de ônibus entregando dinheiro para o ex-jogador Régis Pitbull, que em seguida desce do veículo, monta de bicicleta e vai embora. Pela repercussão do assunto, o focalizado desmentiu veementemente de que teria pedido esmola: “Eu não sou coitadinho. Não sou pedinte. Ainda não me libertei do vício do crack, mas conto com amigos para me livrar dele”.

 Régis Fernandes da Silva é um dos vários exemplos de quem atuou ou atua no futebol atrelado à dependência de drogas, principalmente o crack, de difícil recuperação. Publicação do G1-São Paulo mostra dados da ONG Família Crack Zero em que apenas 35% de 680 pessoas em tratamento obtiveram êxito. A psiquiatra Analice Gigliotti, em entrevista ao veículo Dourados Agora, de Mato Grosso do Sul, cita que há possibilidade do dependente largar o crack, mas a liberação definitiva da droga não existe.

 Quando recém-saído do São Raimundo, do Amazonas, Régis atravessou período depressivo e amigos de Campinas optaram por interná-lo em clínica de reabilitação na cidade de Amparo (SP), em março de 2011. Descontrolado, agrediu outro internado e foi desligado do local. Posteriormente, a Ponte Preta reabriu-lhe as portas para tratamento no joelho, visando recuperar condição de voltar ao futebol.

 Foi na Ponte, de 1997 a 99, que começaram a observá-lo como atacante de beirada que partia com bola dominada sobre laterais, envolvia-os pelo gingado e dribles em progressão, e destacava-se como assistente de goleadores.
Isso já havia se repetido nas passagens pelo Marítimo de Portugal, futebol japonês e turco. Todavia, sua história na modalidade começou a ser manchada ao ser flagrado em exame antidoping com uso de maconha em 2001, quando jogava no Bahia, e se repetiu no Rio Branco (MG) sete anos depois.

 Neste intervalo, teve chances de recuperar a imagem no Corinthians, Vasco, Inter e Coréia do Sul, sem contudo aproveitá-las. Mesmo incorrigível na dependência do crack, ainda teve novas chances em clubes, que se arrastaram até 2015 na Matonense, quando equivocadamente julgou estar liberto das drogas. “Já fiz muita besteira que prejudicaram a minha vida’.

 Hoje perdeu quase tudo que ganhou no futebol, mora sozinho em apartamento na capital paulista, e foi divulgado que além da ajuda de amigos ganha cachê atuando em equipes varzeanas da cidade.

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