A
rotina no futebol, quando um time está sem a bola, é se postar
atrás, enquanto o adversário roda a bola no ataque - de uma lateral
a outra - a espera da brecha para 'espetar'. É aí que o saudosista
lembra do quão faz falta o driblador. Do jogador cuja bola cola aos
pés, e vai enfileirando marcadores até chegar na cara do gol pra
completar jogadas.
Quem
fazia isso com sabedoria era o meia argentino Dario Leonardo Conca,
principalmente na primeira passagem pelo Fluminense no quadriênio a
partir de 2008. Não bastassem arranques em velocidade com a bola,
mesmo com defesas fechadas, recebeu benão divina para bater na bola
até de fora da área, e se caracterizou como preciso cobrador de
faltas.
Dirigentes
do Fluminense já haviam observados essas virtudes quando Conca foi
adversário atuando pela Universidad Católica do Chile em 2004,
emprestado pelo Rosário Central da Argentina. No entanto foi o Vasco
quem primeiro conseguiu trazê-lo ao Brasil em 2007, sem que
repetisse aquilo que dele se esperava. Por sinal, dos quatro clubes
do Rio de Janeiro que atuou, até na segunda passagem pelo
Fluminense, em 2014, o rendimento já não foi tão satisfatório.
Na
ocasião ele havia retornado da China, na passagem pelo Guangzhou
Evergranda, a época considerado um dos jogadores mais bem pagos do
planeta. Aí uma lesão no joelho começou atormentá-lo, e por isso
a carreira foi se arrastando até abril desta temporada, quando ainda
havia tentado jogar pelo Austin Bold F.C., dos Estados Unidos.
Como
Conga não quer se dissociar do futebol, projeta iniciar a carreira
de treinador, embora ainda deslocado da realidade. Nas entrevistas
fala da preferência em dirigir clubes como River Plate, Boca Junior
e Fluminense, desconsiderando o imprescindível estágio em elencos
medianos para ganhar bagagem.
Enquanto
a vez não chega, melhor que conte histórias gloriosas dos tempos de
atleta, como o título brasileiro do Fluminense de 2010. Muricy
Ramalho era o treinador num time formado por Ricardo Berna; Mariano,
Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valência, Diguinho, Júlio César
e Conga; Sheik e Fred.
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