Diminutivo
‘inho’ era frequente em jogadores do passado, e o carioca Jorge
de Amorim Campos não fugiu à regra quando foi aprovado em treino
peneira do infantil do América (RJ), aos 13 anos de idade, deslocado
à lateral-direita, e não à zaga central onde havia proposto ser
testado.
A
trajetória vitoriosa dele enquanto atleta, campeão mundial pela
Seleção Brasileira em 1994, contrasta com a carreira de 14 anos
como treinador, basicamente em clubes do bloco intermediário, apesar
de chances para decolagem no Vasco e Flamengo. Nesta temporada, de
volta à Ponte Preta, foi demitido neste 25 de agosto.
Dos
55 anos de idade completados neste 17 de agosto, a história de
Jorginho é realçada como atleta. Quando o Flamengo o contratou em
1984, estava convicto no investimento de um lateral que dificilmente
errava passes, que ao entrar em diagonal preferia o passe ao
cruzamento, e tanto sabia marcar ponteiros como fazer cobertura no
meio da área. Logos, essas virtudes implicaram em carreira na Europa
e Ásia. Nos seis anos de Alemanha, inicialmente no Bayer Leverkusen,
foi deslocado para o meio de campo. No Bayer de Munique foi premiado
pela Fifa com o troféu ‘fair-play’, justificado como exemplo de
lealdade em campo.
Na
passagem pela Alemanha ocorreu a conversão ao grupo ‘Atletas de
Cristo’, quando em um culto testemunhou a cura de um irmão
alcoólatra. Logo, criou a comunidade Evangélica Brasileira de
Munique, e cedia o porão de sua casa para a realização de cultos.
Nos
gramados Jorginho passou a engolir seco provocações de adversários
do tipo “você está pecando”, quando entrava mais duro em
jogadas. E não bastasse isso, a partir de 2005 a Fifa os proibiu de
usarem mensagens alusivas ao cristianismo em camisetas abaixo das
camisas tradicionais em dias de jogos.
No
Japão jogou no Kashima Antlers, e ao regressar ao Brasil em 1999, os
seus últimos clubes foram São Paulo, Vasco e Fluminense em 2002,
período em que propagava a palavra de Deus a companheiros de equipes
adversárias, presenteando-os com uma Bíblia. Três anos depois, ao
iniciar na função de técnico do América (RJ), provocou polêmica
ao sugerir mudança do mascote do clube, um diabinho, por uma águia.
Ano seguinte, a convite do treinador Dunga, passou a integrar a
comissão técnica da Seleção Brasileira.
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