domingo, 15 de setembro de 2019

Jorginho, atleta de sucesso e treinador que patina


 Diminutivo ‘inho’ era frequente em jogadores do passado, e o carioca Jorge de Amorim Campos não fugiu à regra quando foi aprovado em treino peneira do infantil do América (RJ), aos 13 anos de idade, deslocado à lateral-direita, e não à zaga central onde havia proposto ser testado.

 A trajetória vitoriosa dele enquanto atleta, campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1994, contrasta com a carreira de 14 anos como treinador, basicamente em clubes do bloco intermediário, apesar de chances para decolagem no Vasco e Flamengo. Nesta temporada, de volta à Ponte Preta, foi demitido neste 25 de agosto.

 Dos 55 anos de idade completados neste 17 de agosto, a história de Jorginho é realçada como atleta. Quando o Flamengo o contratou em 1984, estava convicto no investimento de um lateral que dificilmente errava passes, que ao entrar em diagonal preferia o passe ao cruzamento, e tanto sabia marcar ponteiros como fazer cobertura no meio da área. Logos, essas virtudes implicaram em carreira na Europa e Ásia. Nos seis anos de Alemanha, inicialmente no Bayer Leverkusen, foi deslocado para o meio de campo. No Bayer de Munique foi premiado pela Fifa com o troféu ‘fair-play’, justificado como exemplo de lealdade em campo.

 Na passagem pela Alemanha ocorreu a conversão ao grupo ‘Atletas de Cristo’, quando em um culto testemunhou a cura de um irmão alcoólatra. Logo, criou a comunidade Evangélica Brasileira de Munique, e cedia o porão de sua casa para a realização de cultos.

 Nos gramados Jorginho passou a engolir seco provocações de adversários do tipo “você está pecando”, quando entrava mais duro em jogadas. E não bastasse isso, a partir de 2005 a Fifa os proibiu de usarem mensagens alusivas ao cristianismo em camisetas abaixo das camisas tradicionais em dias de jogos.

 No Japão jogou no Kashima Antlers, e ao regressar ao Brasil em 1999, os seus últimos clubes foram São Paulo, Vasco e Fluminense em 2002, período em que propagava a palavra de Deus a companheiros de equipes adversárias, presenteando-os com uma Bíblia. Três anos depois, ao iniciar na função de técnico do América (RJ), provocou polêmica ao sugerir mudança do mascote do clube, um diabinho, por uma águia. Ano seguinte, a convite do treinador Dunga, passou a integrar a comissão técnica da Seleção Brasileira.

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