Quando
chegou ao Corinthians, em 2009, o atacante Ronaldo Fenômeno pesava
115 quilos. Rigorosa dieta alimentar e exercícios serviram para que
reduzisse a gordura e completasse o biênio projetado. Atacante
Rodrigão, 92 quilos distribuídos em 1,86m de altura, concorre à
artilharia pelo Coritiba. Alex Mineiro, do Vila Nova (GO), ainda
briga para murchar a barriga.
Inter
(RS), São Paulo, Sport e Atlético Paranaense bancaram o zagueiro
Mário Gomes Amado, o Marião, mesmo com variação de peso entre 97
a 100 quilos. Quando atuou pelo Grêmio Santanense, de São José dos
Campos (SP), onde encerrou a carreira, pesava 107 quilos. Ele morreu
no dia 24 de agosto de 2011, aos 59 anos de idade, em decorrência de
problemas cardíacos.
Se foi
zagueiro ‘cintura dura’, fama de grosso, reconhecia-se a
sabedoria ao usar a caixa torácica avantajada para evitar drible da
vaca do adversário, em época que a arbitragem interpretava esse
estilo como jogo de corpo e jogada normal. Assim, ele teve o seu
espaço nas décadas de 70 e 80, quando admitia-se zagueiros gordos.
Jornalistas
gentis definiam Marião como zagueiro forte, de ótimo vigor físico,
sem contudo esconder a lentidão. Isso se caracterizava ao enfrentar
atacantes rápidos como Juari, do Santos. Numa das raras vezes que
levou a melhor naquele duelo, o São Paulo venceu por 2 a 1, em
partida válida pelo terceiro turno do Campeonato Paulista de 1979,
com 73.803 pagantes no Estádio do Morumbi.
Naquela
vitória são-paulina jogaram Waldir Peres; Getúlio, Marião, Tecão
e Antenor (Estevam); Chicão, Teodoro e Dario Pereyra; Edu Bala,
Serginho (Viana) e Zé Sérgio. Vinculado ao São Paulo, ele atuou 50
vezes de 1978 a 1980, até a chegada de Oscar Bernardes. Foi quando o
consideraram sortudo por atuar ao lado de craques, sem que se
negassem as qualidades dele como pessoa.
Na
passagem pelo Sport Recife a partir de 1980, Marião foi campeão
pernambucano duas vezes nos anos subsequentes. Há registro que teve
atuação regularíssima na vitória sobre o Náutico por 2 a 0 em
1981, na primeira comemoração, época em que os clubes não
dispunham de tecnologia sofisticada para dimensionar a capacidade
física dos atletas. Os métodos adotados pelos profissionais
careciam de cunho científico.
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