quinta-feira, 25 de abril de 2019

Catatau, de veloz ponteiro a próspero empresário


 Torcedores do Atlético Mineiro dos anos 80 recordam dos piques dados pelo ponteiro-direito Catatau, apelido que adveio de um personagem de desenho animado de televisão. Ele tinha o hábito de alongar a bola e, na maioria das vezes, deixava pra trás o lateral-esquerdo adversário. Também causava pavor quando lançado. Como corria demais, chegava facilmente ao fundo do campo para cruzamentos.

 Equipes competitivas que o Atlético Mineiro montava à época resultaram na conquista de seis títulos, nos quatro anos em que ele vestiu aquela camisa. Embora ainda guarde com carinho a cidade natal mineira de Paracatu, jamais vai esquecer do Guarani de Divinópolis que lhe a chance de iniciar a carreira futebolista. Por fim, Campinas o fascinou, na passagem pelo Guarani, e nela ficou radicado quando parou de jogar.

 Hoje, como próspero empresário de embalagem de papelão, restaram doces e curiosas recordações da carreira, uma delas nos tempos de Guarani em 1987. Quando um jogador do Novorizontino se deslizou ao aplicar carrinho, Catatau pulou pra escapar da pancada, ocasião em que o agressor atingiu em cheio o bandeirinha.

 Na empresa em Campinas, o ex-atleta Vivaldo Maria de Souza emprega cerca de 30 funcionários, e durante intervalos conta-lhes passagens, principalmente pelo Guarani, quando, embora inicialmente reserva de Chiquinho Carioca, foi titular na disputa de título brasileiro contra o São Paulo, correspondente à edição de 1986, no Estádio Brinco de Ouro, com vantagem do tricolor paulistano na definição através dos pênaltis, após empate por 3 a 3 na prorrogação.

 Carlos Gainete, treinador bugrino à época, preferia Chiquinho Carioca devido ao melhor acabamento das jogadas, e senso mais apurado do conjunto. Todavia, frequentemente Catatau era selecionado para entrar no transcorrer das partidas, num time base formado por Sérgio Neri; Marco Antonio, Ricardo Rocha, Valdir Carioca e Zé Mario; Tosin, Tite e Marco Antonio Boiadeiro; Chiquinho Carioca, Evair e João Paulo.

 Na temporada de 1987, Catatau foi fixado como titular. Depois ainda atuou na Portuguesa, Sãocarlense, CRB (AL), Marília, Ceará, até o encerramento na Ferroviária de Araraquara em 1995, aos 32 anos de idade. Foi uma carreira que se prolongou durante 13 anos.

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