Se hoje o atleta é identificado por nome
composto, outrora transportava aos clubes de futebol o apelido de infância. Foi
o caso do saudoso volante Zequinha do Palmeiras e Seleção Brasileira, na década
de 60. Ele morreu há nove anos em Recife, num 25 de julho, aos 74 anos de idade.
Sequelas de um derrame limitaram as suas atividades e o afastaram de sua casa
lotérica em Olinda (PE).
Quando se destacou no Palmeiras pela
capacidade de marcação e acerto na distribuição de jogadas, Zequinha foi
convocado à Seleção Brasileira como reserva do também saudoso Zito, do Santos, à
Copa do Mundo de 1962 no Chile, fato que gerou controvérsia entre as mídias de
São Paulo e Rio de Janeiro, em período de rivalidade acirrada.
Cariocas defendiam que o volante Carlinhos, do
Flamengo, já falecido, fosse relacionado. Consideravam-no de melhor capacidade
técnica, enquanto os paulistas argumentavam vantagem de Zequinha para o desarme.
Assim, a polêmica teve prosseguimento até que ele completasse o ciclo de 17
partidas, com retrospecto de 14 vitórias, um empate, duas derrotas e dois gols.
José Ferreira Franco, Zequinha, foi um
pernambucano que se valorizou no Santa Cruz apesar da estatura de 1,66m de altura.
Diferenciava-se da maioria na posição pela excelente preparação física. Como
corria demais, atrevia-se, com frequência, ‘descidas’ ao ataque. E finalizava
ao gol adversário de média distância, com chute forte.
Por isso foi trazido ao Palmeiras em 1958, com
conquista de título paulista na temporada seguinte, num time formado por Valdir
de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha
e Chinesinho; Julinho, Nardo, Américo e Romeiro. E lá permaneceu durante dez
anos, os últimos deles como reserva de Dudu, vindo da Ferroviária de Araraquara
(SP).
Naquele período totalizou 417 jogos, 40 gols,
e o orgulho de colecionar títulos do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão),
Taça Brasil, Torneio Rio-São Paulo e Campeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966,
segundo informações do Almanaque do Palmeiras.
Antes do encerramento da carreira no Santa
Cruz em 1970, teve passagem pelo Atlético Paranaense. Na ocasião participou de
um time com medalhões como Djalma Santos, Belini, Dorval, Nair e Zé Roberto.
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