segunda-feira, 16 de abril de 2018

Rincón, do talento para a prisão


 O vaivém do Brasil a Colômbia gera dúvida onde o ex-volante Fred Euzébio Gustavo Rincón Valencia teria fixado residência. Estaria em São José dos Campos (SP), onde já foi treinador do time joseense, ou no país em que nasceu há 51 anos?

 Se experiências como treinador não prosperaram nas passagens pelo sub20 do Corinthians, São Bento, Flamengo e Guarulhos e São José – todos de São Paulo -, como meio-campista de clubes brasileiros mereceu elogios desde que chegou ao Palmeiras em 1994, após passagens pelo futebol da Colômbia.

 Na época, Fred Rincón era meia ofensivo que despertou interesse do Nápoli, e na Itália disputou 28 partidas e marcou sete gols na temporada 1994-95. Lá atuou ao lado do quarto-zagueiro André Cruz, revelado pela Ponte Preta.

 Na temporada seguinte, quando sugeriu que daria passo para avançar na carreira, com transferência ao Real Madrid, se equivocou. Na curta passagem pelo futebol espanhol saiu resmungando de racismo, e não titubeou aceitar convite para retornar ao Palmeiras e depois Corinthians, período que retomou o tema racismo, quando disse ter sido atingido pelo então palmeirense Paulo Nunes.

 Com perfil de quem não leva desaforo pra casa, cuspiu no rosto do desafeto. Sequer poupou companheiros no Corinthians. Quando a discussão com o atacante Mirandinha ficou ácida, saiu no braço. Também teve encrenca com o meia Marcelinho Carioca, nos tempos em que o quarteto corintiano de meio de campo era formado por Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho.

 Em 1997 já havia concordado com o então treinador Joel Santana, que tratou de moldá-lo à função de volante, considerando que além da técnica para valorizar a saída de bola, era guerreiro na marcação.

 Lógico que um meio-campista atlético como Rincón teria lugar cativo na seleção colombiana, onde atuou nas Copas de 1990 a 98. Já na virada do século, ao deixar o Corinthians, foi natural a queda de rendimento nas passagens por Santos, Cruzeiro e retorno ao Corinthians em 2004.

 O pior na vida esta por vir três anos depois, quando ficou quatro meses preso, quando foi executado pedido da Justiça do Panamá, acusado de lavagem de dinheiro e associação ao narcotraficante Pablo Montaño.

Outros dias amargos foram em 2013, quando a caminhonete que dirigia em alta velocidade capotou em estrada da Colômbia, provocando fraturas múltiplas no corpo.

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