segunda-feira, 16 de abril de 2018

Adeus ao treinador José Teixeira


 Disseminou rapidamente a notícia da morte do ex-treinador de futebol professor José de Souza Teixeira, 13 de abril passado, vítima de infarto fulminante, em São Paulo, aos 82 anos de idade. No conteúdo das mensagens nas redes sociais houve até exagero entre aqueles que pretenderam realçar competência do profissional.


 Claro que no conjunto de valores de um treinador, não pode ser creditado ao professor Teixeira o rótulo de profundo conhecer de futebol, mas certamente havia compensação pela postura de líder de grupo e usar psicologia convincente de relacionamento humano nos clubes que trabalhava.

 Como convém ao paizão, ele sabia conduzir conversa ao pé do ouvido, separadamente, com os jogadores. Explicava os reais motivos que o levavam a ‘sacá-los’ do time titular, assim como levantava astral daqueles que estavam deprimidos.

 Evidente que soube assimilar esse comportamento quando ainda era preparador físico do Corinthians, na comissão técnica do treinador Oswaldo Brandão, quando o clube encerrou um jejum de títulos de 22 anos em 1977, fato que o inspirou a escrever um livro sobre aquele tabu, assim como foi autor da publicação ‘50 anos Por Dentro do Futebol: Histórias e Bastidores’. Também presidiu o Sindicato dos Treinadores de São Paulo.

 Embora tivesse trabalhado como treinador do Corinthians em 1978, e tantos outros clubes brasileiros, a marcante passagem foi no Ituano, quando sagrou-se campeão da então denominada segunda divisão paulista, na disputa de título com a Ponte Preta, em 1989. Na ocasião, ambos conquistaram acesso ao Paulistão.

 O retrospecto dos 67 dias comandando o Guarani, em 1982, em 18 jogos, foi de oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Na carreira internacional, registro de passagens pelo Milionários da Colômbia, Universitário de Lima (Peru), Al Nasr (Arábia Saudita), Al Shabab (Dubai) e Tokio (Japão). Além do Corinthians, registro de participação em grandes clubes como Santos e Coritiba.

 Professor Teixeira teve duas passagens pela Seleção Brasileira. Primeiro como preparador físico na Copa do Mundo da Argentina, em 1978. Depois, quase no encerramento de sua carreira como treinador, no selecionado feminino. Na disputa da Copa da Paz, na Coreia do Sul, venceu o time da casa e empatou com a Itália, com equipe restrita a jogadoras paulistas. Também trabalhou no feminino do Saad.

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