Disseminou rapidamente a notícia da morte do
ex-treinador de futebol professor José de Souza Teixeira, 13 de abril passado,
vítima de infarto fulminante, em São Paulo, aos 82 anos de idade. No conteúdo
das mensagens nas redes sociais houve até exagero entre aqueles que pretenderam
realçar competência do profissional.
Claro que no conjunto de valores de um
treinador, não pode ser creditado ao professor Teixeira o rótulo de profundo
conhecer de futebol, mas certamente havia compensação pela postura de líder de
grupo e usar psicologia convincente de relacionamento humano nos clubes que
trabalhava.
Como convém ao paizão, ele sabia conduzir conversa
ao pé do ouvido, separadamente, com os jogadores. Explicava os reais motivos que
o levavam a ‘sacá-los’ do time titular, assim como levantava astral daqueles
que estavam deprimidos.
Evidente que soube assimilar esse
comportamento quando ainda era preparador físico do Corinthians, na comissão técnica
do treinador Oswaldo Brandão, quando o clube encerrou um jejum de títulos de 22
anos em 1977, fato que o inspirou a escrever um livro sobre aquele tabu, assim
como foi autor da publicação ‘50 anos Por Dentro do Futebol: Histórias e
Bastidores’. Também presidiu o Sindicato dos Treinadores de São Paulo.
Embora tivesse trabalhado como treinador do
Corinthians em 1978, e tantos outros clubes brasileiros, a marcante passagem
foi no Ituano, quando sagrou-se campeão da então denominada segunda divisão
paulista, na disputa de título com a Ponte Preta, em 1989. Na ocasião, ambos
conquistaram acesso ao Paulistão.
O retrospecto dos 67 dias comandando o
Guarani, em 1982, em 18 jogos, foi de oito vitórias, cinco empates e cinco
derrotas. Na carreira internacional, registro de passagens pelo Milionários da
Colômbia, Universitário de Lima (Peru), Al Nasr (Arábia Saudita), Al Shabab
(Dubai) e Tokio (Japão). Além do Corinthians, registro de participação em
grandes clubes como Santos e Coritiba.
Professor Teixeira teve duas passagens pela
Seleção Brasileira. Primeiro como preparador físico na Copa do Mundo da
Argentina, em 1978. Depois, quase no encerramento de sua carreira como
treinador, no selecionado feminino. Na disputa da Copa da Paz, na Coreia do
Sul, venceu o time da casa e empatou com a Itália, com equipe restrita a
jogadoras paulistas. Também trabalhou no feminino do Saad.
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