O ex-ponteiro-esquerdo Ziza, com carreira de
sucesso no Guarani e Atlético Mineiro, deu motivos para o ostracismo: há 30
anos está radicado no Oriente Médio, onde atua como treinador, com passagens
pelo futebol da Arábia Saudita e Catar.
José Lázaro Robles Júnior, apelidado de Ziza
ainda na infância, no bairro da Mooca em São Paulo - onde nasceu -, é filho do
saudoso Pinga, de carreira marcante como ponta-de-lança de Vasco e Portuguesa
nos anos 50.
Pois esse Ziza em questão, que vai completar 68
anos de idade no dia 26 de abril, surgiu no futebol com a camisa do Juventus, e
foi pretendido pelo Porto, de Portugal, antes de se transferir para o Guarani
em 1975, atuando num time com Sérgio Gomes; Mauro Cabeção, Joãozinho, Amaral e Bezerra;
Flamarion e Alexandre; Afrânio, Alfredo, Clayton e Ziza. O treinador da época
era o saudoso Zé Duarte.
O estilo de atacante rápido e driblador
recomendou que fosse seguidamente acionado e caçado. Apesar disso, ora fazia
jogadas de fundo de campo para cruzamentos, ora entortava laterais com a
tradicional ajeitada na bola por dentro, para finalização com a perna direita.
Essa característica rendeu-lhe 31 gols em 157
jogos pelo Atlético Mineiro, a partir de 1978. Logo na primeira temporada em
Belo Horizonte (MG) colocou a faixa de campeão regional em time comandado pelo
treinador Procópio Cardoso e formado por João Leite; Alves, Osmar Guarnelli,
Luisinho e Hilton Brunis; Toninho Cerezo, Ângelo e Paulo Isidoro; Serginho,
Dario e Ziza.
A boa fase recomendou que Ziza entrasse na
relação de convocados às Eliminatórias à Copa do Mundo de 1978, na Argentina,
mas boatos de precariedade do condicionamento físico levaram o médico Lídio de
Toledo a sugerir ao saudoso treinador Cláudio Coutinho que o cortasse dos
convocados.
Na temporada seguinte, Ziza foi emprestado ao
Botafogo do Rio de Janeiro, sem contudo ratificar aquilo que dele se esperava.
Assim, dispensado, retornou ao Galo mineiro sem que fosse absoluto na posição,
como outrora.
Ao perder espaço no clube, topou transferência
à Inter de Limeira (SP), onde atuou até 1984, quando optou pelo encerramento da
carreira de atleta. Incontinenti iniciou atividades de preparador físico, visto
que ainda nos tempos de Juventus teve preocupação com ingresso em universidade,
prevendo preparação em outra atividade profissional.
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