segunda-feira, 19 de março de 2018

Ziza, sucesso no Brasil e 30 anos de Oriente Médio


 O ex-ponteiro-esquerdo Ziza, com carreira de sucesso no Guarani e Atlético Mineiro, deu motivos para o ostracismo: há 30 anos está radicado no Oriente Médio, onde atua como treinador, com passagens pelo futebol da Arábia Saudita e Catar.

 José Lázaro Robles Júnior, apelidado de Ziza ainda na infância, no bairro da Mooca em São Paulo - onde nasceu -, é filho do saudoso Pinga, de carreira marcante como ponta-de-lança de Vasco e Portuguesa nos anos 50.

 Pois esse Ziza em questão, que vai completar 68 anos de idade no dia 26 de abril, surgiu no futebol com a camisa do Juventus, e foi pretendido pelo Porto, de Portugal, antes de se transferir para o Guarani em 1975, atuando num time com Sérgio Gomes; Mauro Cabeção, Joãozinho, Amaral e Bezerra; Flamarion e Alexandre; Afrânio, Alfredo, Clayton e Ziza. O treinador da época era o saudoso Zé Duarte.

 O estilo de atacante rápido e driblador recomendou que fosse seguidamente acionado e caçado. Apesar disso, ora fazia jogadas de fundo de campo para cruzamentos, ora entortava laterais com a tradicional ajeitada na bola por dentro, para finalização com a perna direita.

 Essa característica rendeu-lhe 31 gols em 157 jogos pelo Atlético Mineiro, a partir de 1978. Logo na primeira temporada em Belo Horizonte (MG) colocou a faixa de campeão regional em time comandado pelo treinador Procópio Cardoso e formado por João Leite; Alves, Osmar Guarnelli, Luisinho e Hilton Brunis; Toninho Cerezo, Ângelo e Paulo Isidoro; Serginho, Dario e Ziza.

 A boa fase recomendou que Ziza entrasse na relação de convocados às Eliminatórias à Copa do Mundo de 1978, na Argentina, mas boatos de precariedade do condicionamento físico levaram o médico Lídio de Toledo a sugerir ao saudoso treinador Cláudio Coutinho que o cortasse dos convocados.

 Na temporada seguinte, Ziza foi emprestado ao Botafogo do Rio de Janeiro, sem contudo ratificar aquilo que dele se esperava. Assim, dispensado, retornou ao Galo mineiro sem que fosse absoluto na posição, como outrora.

 Ao perder espaço no clube, topou transferência à Inter de Limeira (SP), onde atuou até 1984, quando optou pelo encerramento da carreira de atleta. Incontinenti iniciou atividades de preparador físico, visto que ainda nos tempos de Juventus teve preocupação com ingresso em universidade, prevendo preparação em outra atividade profissional.

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