Que
droga e esporte são coisas que não se combinam, a maioria não discorda. A
carreira do maior ídolo do futebol argentino, Diego Armando Maradona, foi
maculada ao ser flagrado em exame antidoping em 1991 quando atuava pelo Nápoli,
da Itália, quando se constatou uso de cocaína. Pena: suspensão de 15 meses.
Também
punido pelo pó maldito foi o ex-atacante Dinei, quando jogava no Coritiba em 1996.
E exemplo claro de superação do vício entre ex-jogadores é Casagrande, ídolo de
Corinthians e Seleção Brasileira décadas passadas, hoje comentarista da Rede Globo de Televisão.
Entre
os incontáveis históricos de atletas que se curvavam ao vício, enumere Régis
Fernandes da Silva, na bola identificado por Régis Pitbull, que o futebol lhe
reservou a chance de jogar em clubes como Corinthians e Vasco, mas não soube
aproveitá-la pela falta de compenetração no trabalho. No clube cruzmaltino, por
exemplo, seu retrospecto foi de dois gols em 19 jogos.
Régis
Pitbull foi aquele atacante atrevido que partia com bola dominada sobre
laterais adversários, conseguia envolvê-los pelo gingado e mobilidade nas
pernas para aplicar dribles, e visão para cruzamentos. Assim, construía jogadas decisivas para que delas aproveitassem centroavantes companheiros de
equipe.
O
futebol lhe foi tão generoso que abriu mercados na Europa e Ásia. Passou pelo
Marítimo de Portugal, Japão e Turquia. Todavia, foi a Ponte Preta, entre 1997-99,
que o colocou novamente na vitrine. Apesar disso, não conseguiu se dissociar do
vício da maconha, flagrado com uso da substância em 2001, quando jogava no
Bahia.
O
contínuo consumo da erva maldita aplicou-lhe uma segunda lição, já na estrada
volta do futebol, em 2008, na passagem pelo Rio Branco mineiro. Outra vez o
diagnóstico do exame antidoping acusou consumo da droga, e ainda assim teve
chances de continuar no futebol.
Incorrigível, apelou para o crack quando saiu
do São Raimundo, do Amazonas, ao atravessar período depressivo. Foi quando
amigos de Campinas optaram por interná-lo em clínica de reabilitação na cidade
de Amparo-SP, até que em 2012 a Ponte reabriu-lhe as portas para tratamento de
joelho, com perspectiva de reaproveitamento entre os profissionais. No entanto
a carreira já estava minada, e encerrada na Matonense em 2015. Assim, restou a
confissão dele de estar liberto das drogas. “Já fiz muita besteira que
prejudicaram a minha vida’.
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