domingo, 11 de março de 2018

Régis Pitbull, boleiro prejudicado pelas drogas


 Que droga e esporte são coisas que não se combinam, a maioria não discorda. A carreira do maior ídolo do futebol argentino, Diego Armando Maradona, foi maculada ao ser flagrado em exame antidoping em 1991 quando atuava pelo Nápoli, da Itália, quando se constatou uso de cocaína. Pena: suspensão de 15 meses.

 Também punido pelo pó maldito foi o ex-atacante Dinei, quando jogava no Coritiba em 1996. E exemplo claro de superação do vício entre ex-jogadores é Casagrande, ídolo de Corinthians e Seleção Brasileira décadas passadas, hoje comentarista da Rede Globo de Televisão.

 Entre os incontáveis históricos de atletas que se curvavam ao vício, enumere Régis Fernandes da Silva, na bola identificado por Régis Pitbull, que o futebol lhe reservou a chance de jogar em clubes como Corinthians e Vasco, mas não soube aproveitá-la pela falta de compenetração no trabalho. No clube cruzmaltino, por exemplo, seu retrospecto foi de dois gols em 19 jogos.

 Régis Pitbull foi aquele atacante atrevido que partia com bola dominada sobre laterais adversários, conseguia envolvê-los pelo gingado e mobilidade nas pernas para aplicar dribles, e visão para cruzamentos. Assim, construía jogadas decisivas para que delas aproveitassem centroavantes companheiros de equipe.

 O futebol lhe foi tão generoso que abriu mercados na Europa e Ásia. Passou pelo Marítimo de Portugal, Japão e Turquia. Todavia, foi a Ponte Preta, entre 1997-99, que o colocou novamente na vitrine. Apesar disso, não conseguiu se dissociar do vício da maconha, flagrado com uso da substância em 2001, quando jogava no Bahia.

 O contínuo consumo da erva maldita aplicou-lhe uma segunda lição, já na estrada volta do futebol, em 2008, na passagem pelo Rio Branco mineiro. Outra vez o diagnóstico do exame antidoping acusou consumo da droga, e ainda assim teve chances de continuar no futebol.

 Incorrigível, apelou para o crack quando saiu do São Raimundo, do Amazonas, ao atravessar período depressivo. Foi quando amigos de Campinas optaram por interná-lo em clínica de reabilitação na cidade de Amparo-SP, até que em 2012 a Ponte reabriu-lhe as portas para tratamento de joelho, com perspectiva de reaproveitamento entre os profissionais. No entanto a carreira já estava minada, e encerrada na Matonense em 2015. Assim, restou a confissão dele de estar liberto das drogas. “Já fiz muita besteira que prejudicaram a minha vida’.

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