segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Quatro anos sem o uruguaio Pedro Rocha

 O uruguaio Pedro Virgilio Rocha Franchetti completaria 71 anos de idade no dia 3 de dezembro de 2013, mas morreu na véspera, no município de São Paulo, em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que se arrastava desde 2009, provocando perda da fala e o deixava deprimido.

 Quis o destino que ele tivesse ajuda de amigos dos tempos de atleta do São Paulo e da receita da venda do livro “Tricolor Celeste”, escrito pelo jornalista Luís Augusto Simon, para cobrir custo do tratamento, com ênfase à fisioterapia.

 Se como treinador Pedro Rocha não vingou na passagem por vinte clubes, como jogador - entre 1959 e 1980 - foi o uruguaio de maior sucesso no futebol brasileiro.

 Conhecido como Verdugo - carrasco porque
castigava adversários sem piedade - ele entrou para a história do futebol como meia que disputou quatro Copas ininterruptas, de 1962 a 1974. Também viveu o grande momento do Peñarol, na década de 60, ocasião em que o clube uruguaio conquistou sete campeonatos nacionais, três Libertadores e dois Mundiais de Clubes.

 Apesar dessa recheada biografia, ele custou a se adaptar ao futebol brasileiro, colocando em risco o investimento de US$ 150 mil (equivalente a Cr$ 870 mil - moeda brasileira na época) que o São Paulo fez para que fosse o sucessor do meia Gerson, o Canhotinha de Ouro, época em que o clube acabava de concluir a construção do Estádio do Morumbi.

 Nos sete de São Paulo, ele mostrou como se joga de cabeça erguida, condução da bola, chute forte e certeiro de média e longa distância, e ainda cabeceador. Em 1972 atingiu o status de primeiro jogador estrangeiro a ser artilheiro no Brasil, com 17 gols, ocasião em que dividiu o feito no Campeonato Brasileiro com Dario, do Atlético Mineiro.

 Daquele São Paulo campeão paulista de 1975, Pedro Rocha teve participação destacadíssima. Eis o time base: Waldir Peres; Nelsinho Baptista, Paranhos, Samuel e Gilberto Sorriso; Chicão, Pedro Rocha e Terto; Muricy Ramalho, Serginho Chulapa e Zé Sérgio.


 Com a chegada do treinador Rubens Minelli, que privilegiava a força do conjunto, o espaço de Pedro Rocha ficou encurtado no Tricolor. Por isso ele topou jogar por empréstimo no Coritiba em 1978. No ano seguinte, registro para curta e apagada passagem pelo Palmeiras. Depois passou por Bangu, Monterrey do México e Al-Nassr da Arábia Saudita até 1980. 

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