Meados da década de 80, vinculado ao Inter
(RS), o lateral-esquerdo Cláudio Mineiro precisava de frequentes exercícios de
musculação para superar incômoda artrose no joelho. O entra e si da equipe
principal se estendeu por um período até ser relegado, ocasião em que do
treinador do clube à época, Cláudio Duarte, afirmou que ele era jogador
‘bichado’.
Soou como estrondo aquela afirmação. A
repercussão seria negativa até nas transações por empréstimo a clubes do
interior gaúcho interessados em contratá-lo. “Aquilo me prejudicou bastante”,
atestou.
Para superar o impacto e mostrar que teria
‘lenha para queimar’, comunicou a eventuais interessados que toparia fazer
contrato de risco, reconhecidamente uma situação constrangedora para quem
começou no América Mineiro e passou por Atlético (MG), Flamengo, Corinthians e
Inter (RS).
Aí apareceu a Ponte Preta em 1982, carente de
lateral-esquerdo que preenchesse lacuna deixada por Odirlei, visto que
improvisação do lateral-direito Toninho Oliveira no setor, ou fixação de
Everaldo - então garoto saída da base - não resultaram no rendimento esperado.
Cláudio Antonio Nascimento, que em junho
completa 65 anos de idade, desabrochou como jogador na conquista do título
mineiro pelo América em 1971. Logo, acabou contratado pelo Atlético (MG) onde
ficou durante três anos, transferindo-se para o Sport Recife.
Em 1977 tocou a sirene no Parque São Jorge
anunciando a contratação dele pelo Corinthians, período em que aderiu à moda de
cabelo black power. Todavia, como jogar se o titularíssimo Wladimir não dava
chance? O jeito foi se adaptar igualmente à lateral-direita e substituir Zé
Maria quando necessário, e assim reafirmar as condições de marcador seguro e
chute potente em cobranças de faltas.
No primeiro ano de Inter (RS) em 1979
ratificou o futebol que dele se esperava, no título brasileiro, em um time
formado por Benetez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro;
Batista, Falcão e Jair; Valdomiro, Bira e Mário Sérgio. Depois, problema no
joelho implicou em queda de rendimento.
Na sequência, passagem apenas discreta pela
Ponte Preta durante dois anos, XV de Piracicaba, futebol pernambucano,
paraibano e sul-matogrossense, com encerramento da carreira no Corumbaense em
1988. Incontinenti, migrou à função de treinador em clubes daquele Estado.
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