domingo, 23 de outubro de 2016

Segundo ano da morte do treinador Nenê Boteco

 Este 29 de outubro marca o segundo ano da morte do meio-campista, treinador e pernambucano de Guararapes Érico de Paula Coelho Filho, conhecido no mundo do futebol como Nenê Boteco. Aos 70 anos de idade, ele foi tão castigado por um câncer que a sua filha Bruna pediu misericórdia a Deus, citou o jornal Diário de Marília, na ocasião.

 Nenê Buteco foi um meia-de-armação nos tempos em que jogadores dessa posição eram adaptados com facilidade à de volante. Alguns outros exemplos foram Nair e Dino Sani no Corinthians, Lorico no Botafogo de Ribeirão Preto e Zé Carlos no Cruzeiro.

 Naquele time são-paulino campeão paulista em 1970, quebrando um jejum de 13 anos sem conquista, Nenê ainda era meia, reserva de Gérson. E aquele título foi conquistado no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, na vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Guarani, com Toninho Guerreiro e Paulo Nani marcando para os são-paulinos, enquanto Wagninho abriu a contagem para o Bugre. O jogo foi realizado no dia nove de setembro, com público de 17.766 pagantes.

 Curiosidade: mais da metade dos envolvidos naquela disputa já morreram. Do time são-paulino de Sérgio; Forlan, Jurandir, Roberto Dias e Gilberto Sorriso; Edson Cegonha e Nenê; Paulo Nani, Terto, Toninho Guerreiro e Paraná, já partiram Jurandir, Dias, Edson, Nenê, Toninho e o treinador Zezé Moreira.

 Entre os bugrinos daquele time, Wilson Campos, Tininho, Ferrari, Hélio Gigliolli, Wagninho, Capelosa e Wanderlei já faleceram, além do treinador Armando Renganeschi. Estão vivos Tobias, Cidinho, Milton dos Santos e Caravetti.

 Nenê Boteco enfrentou o período de ‘vacas magras’ no futebol do São Paulo, ao chegar ao clube em 1965. É que a diretoria priorizou o acabamento da construção do Estádio do Morumbi, e o time só voltou aos trilhos na década de 70, com Nenê participando do bicampeonato paulista.

 Inacabado, o Morumbi foi inaugurado dia dois de outubro de 1960, na vitória são-paulina sobre o Sporting de Portugal por 1 a 0, gol de Peixinho. Com obras concluídas em janeiro de 1970, o estádio chegou a comportar público recorde de 146.072 torcedores na decisão do paulista de 1977 entre Corinthians e Ponte Preta. Hoje, por medida de segurança, a capacidade foi reduzida para 72.032 torcedores.

 Após o bi no Tricolor, com registro de 263 partidas, Nenê passou por Náutico, São Bento - clube que se identificou e entrou na galeria de meio-campistas respeitáveis como Bazzaninho, Raimundinho e Gatãozinho -, Marília e Operário de Campo Grande (MS). Tinha característica de jogador combativo, mas sabia organizar jogadas.


 Como treinador passou, entre outras equipes, por São Bento, Atlético Sorocaba e Marília. Havia sido hospitalizado por causa de AVC (acidente Vascular Cerebral).

Nenhum comentário: