Qual o time base da Seleção Brasileira de
Futebol de 1976, comandada pelo saudoso treinador Oswaldo Brandão? Acerta quem
cita a formação com Valdir Peres; Nelinho, Miguel, Amaral e Marinho Chagas;
Chicão, Rivellino e Zico; Flexa (Edu), Palhinha e Lula.
Aquele time venceu tanto Uruguai como
Argentina por 2 a
1, pela Taça do Atlântico daquela temporada, e um dos destaques foi o carioca
Miguel Ferreira de Almeida, nascido em 20 de setembro de 1949, que fazia dupla de
zaga com o então jogador bugrino Amaral. E Miguel chegou à Seleção Brasileira
porque era soberano na função. A facilidade para antecipar adversários permitia
que raramente cometesse faltas.
Aquelas virtudes de desarme começaram a ser identificadas
quando ele se despontou no Olaria do Rio de Janeiro no final dos anos 60. Por
isso o Vasco tratou de contratá-lo em 1971. Aí, três anos depois, ele comemorou
o título do Campeonato Brasileiro num time treinado pelo também saudoso Mário
Travaglini, com estes titulares: Andrada, Fidélis, Moisés, Miguel e Alfinete;
Alcir Portela e Zanata; Jorginho Carvoeiro, Ademir, Roberto Dinamite e Luís
Carlos.
Curiosamente, naquela competição de 1974, o
regulamento previa que dos 40 participantes duas vagas de classificação à
segunda fase eram reservadas a clubes com melhores arrecadações, visto que o
preço do ingresso era rigorosamente tabelado. No total, 24 clubes passaram à
segunda fase.
Quis o destino que a nova história no futebol
para Miguel fosse contada no esquadrão imortal do Fluminense bicampeão carioca
de 1975-76, cuja base era de Félix; Toninho, Silveira, Assis (Edinho) e Marco
Antonio; Zé Mário e Carlos Alberto Pintinho; Gil, Manfrini, Rivellino e Paulo
César Caju. Foi um período que o juiz de direito Francisco Horta assumiu a
presidência do clube e, obstinado, pautou por decisões revolucionárias no
futebol carioca com trocas de jogadores de clubes rivais.
No período que se estendeu do final de 1978 a 1980 a passagem de Miguel
foi no Botafogo (RJ), num time que contava entre outros jogadores com o lateral
Perivaldo, meio-campistas Ruço e Mendonça, ponteiros Renato Sá e Ziza, e o
zagueiro Renê, que já havia sido companheiro de Miguel no Vasco. A rigor, dois
fatos foram marcantes na carreira de Renê: cometeu o pênalti sobre Pelé que
resultou no milésimo gol em 1969 e marcou cinco gols contra no ano seguinte atuando
pelo time cruzmaltino.
Os dois últimos anos na carreira de atleta
profissional de Miguel foram em três clubes: Unión Magdalena da Colômbia, Chicago
Sting dos Estados Unidos e Madureira do Rio de Janeiro. Posteriormente ele
ainda tentou seguir a carreira de treinador, mas não prosperou na função após
passagens por Bonsucesso e Bangu. Ele ainda chegou a trabalhar como auxiliar
técnico de Antonio Lopes no Atlético Paranaense.
Um comentário:
Miguel participou da campanha do Olaria em 1971, onde foi 3º colocado junto com Alfinete. Era um grande time. Pedro Paulo, Aroldo, Miguel, Altivo, e Alfinete, Afonsinho e Roberto Pinto, Marco Antonio, Luiz Carlos(Pelezinho), Salvador e Antôninho.
Obs. Tanto Aroldo como Altivo também jogaram no Vasco.
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