segunda-feira, 11 de maio de 2015

Miguel, zagueiro dos bons na década de 70

 Qual o time base da Seleção Brasileira de Futebol de 1976, comandada pelo saudoso treinador Oswaldo Brandão? Acerta quem cita a formação com Valdir Peres; Nelinho, Miguel, Amaral e Marinho Chagas; Chicão, Rivellino e Zico; Flexa (Edu), Palhinha e Lula.
 Aquele time venceu tanto Uruguai como Argentina por 2 a 1, pela Taça do Atlântico daquela temporada, e um dos destaques foi o carioca Miguel Ferreira de Almeida, nascido em 20 de setembro de 1949, que fazia dupla de zaga com o então jogador bugrino Amaral. E Miguel chegou à Seleção Brasileira porque era soberano na função. A facilidade para antecipar adversários permitia que raramente cometesse faltas.
 Aquelas virtudes de desarme começaram a ser identificadas quando ele se despontou no Olaria do Rio de Janeiro no final dos anos 60. Por isso o Vasco tratou de contratá-lo em 1971. Aí, três anos depois, ele comemorou o título do Campeonato Brasileiro num time treinado pelo também saudoso Mário Travaglini, com estes titulares: Andrada, Fidélis, Moisés, Miguel e Alfinete; Alcir Portela e Zanata; Jorginho Carvoeiro, Ademir, Roberto Dinamite e Luís Carlos.
 Curiosamente, naquela competição de 1974, o regulamento previa que dos 40 participantes duas vagas de classificação à segunda fase eram reservadas a clubes com melhores arrecadações, visto que o preço do ingresso era rigorosamente tabelado. No total, 24 clubes passaram à segunda fase.
 Quis o destino que a nova história no futebol para Miguel fosse contada no esquadrão imortal do Fluminense bicampeão carioca de 1975-76, cuja base era de Félix; Toninho, Silveira, Assis (Edinho) e Marco Antonio; Zé Mário e Carlos Alberto Pintinho; Gil, Manfrini, Rivellino e Paulo César Caju. Foi um período que o juiz de direito Francisco Horta assumiu a presidência do clube e, obstinado, pautou por decisões revolucionárias no futebol carioca com trocas de jogadores de clubes rivais.
 No período que se estendeu do final de 1978 a 1980 a passagem de Miguel foi no Botafogo (RJ), num time que contava entre outros jogadores com o lateral Perivaldo, meio-campistas Ruço e Mendonça, ponteiros Renato Sá e Ziza, e o zagueiro Renê, que já havia sido companheiro de Miguel no Vasco. A rigor, dois fatos foram marcantes na carreira de Renê: cometeu o pênalti sobre Pelé que resultou no milésimo gol em 1969 e marcou cinco gols contra no ano seguinte atuando pelo time cruzmaltino.
 Os dois últimos anos na carreira de atleta profissional de Miguel foram em três clubes: Unión Magdalena da Colômbia, Chicago Sting dos Estados Unidos e Madureira do Rio de Janeiro. Posteriormente ele ainda tentou seguir a carreira de treinador, mas não prosperou na função após passagens por Bonsucesso e Bangu. Ele ainda chegou a trabalhar como auxiliar técnico de Antonio Lopes no Atlético Paranaense.


Um comentário:

verdades disse...

Miguel participou da campanha do Olaria em 1971, onde foi 3º colocado junto com Alfinete. Era um grande time. Pedro Paulo, Aroldo, Miguel, Altivo, e Alfinete, Afonsinho e Roberto Pinto, Marco Antonio, Luiz Carlos(Pelezinho), Salvador e Antôninho.
Obs. Tanto Aroldo como Altivo também jogaram no Vasco.