domingo, 29 de março de 2015

Zequinha, sucesso no Botafogo, Grêmio e São Paulo


 Quem se informar sobre a biografia do ex-ponteiro-direito Zequinha, que fez sucesso no Botafogo (RJ), Grêmio e São Paulo, vai se deparar com histórico de jogador rápido e hábil, que tinha facilidade para chegar ao fundo do campo. Igualmente estranhará dois fatos inimagináveis que só ocorreram nos tempos em que ele jogava futebol.
 Pode dois jogadores de um mesmo time serem convocados para atuar na mesma posição na Seleção Brasileira? É estranho, mas ocorreu durante o Mundialito de 1972 no Brasil, também chamado de Taça Independência, em comemoração aos 150 anos de o país ter se desvinculado de Portugal. Pois Jairzinho, ponta-de-lança de ofício no Botafogo (RJ), foi o ponteiro-direito do selecionado, até porque a camisa dez, do aposentado Pelé, ficou com Tostão. Assim Zequinha, autêntico ponteiro-direito do Botafogo (RJ), teve que se curvar à realidade e esperar a vaga no banco de reservas do time brasileiro.
 A rigor, fato semelhante já havia ocorrido com o também botafoguense Rogério, antecessor de Zequinha, em época que brotavam aos montes ponteiros velocistas que atormentavam laterais-esquerdos, tinham facilidade para chegar ao fundo de campo e cruzavam com efeito para delírio de centroavantes cabeceadores, que comemoravam gols.
 Quando Zequinha foi campeão pelo São Paulo na edição do Campeonato Brasileiro de 1977, na vitória em cobranças de pênaltis contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, paradoxalmente ele não saiu na foto do dia. Naquele cinco de março de 1978 Viana foi o titular de uma time formado por Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão, Teodoro e Dario Pereyra; Viana (Neco), Mirandinha e Zé Sérgio.
 Brasileirão de 1977 com final em 78? Sim senhor. Foi um período de tremenda bagunça do futebol brasileiro, em que a competição começava num ano e terminava no outro. Naquela temporada em questão, o encerramento deu-se no dia 18 de dezembro e, observado o período de férias da boleirada, o calendário foi retomado em 29 de janeiro.
 Zequinha se profissionalizou no Flamengo e, ao ser emprestado ao Palmeiras, abandonou a cidade de São Paulo após um mês de vínculo. De volta ao Mengão, o jeito foi liberá-lo ao Botafogo em troca do também ponteiro-direito Zélio. Aí, a trajetória vitoriosa de Zequinha começou em 1968 no empate por 1 a 1 com o América (RJ), num time formado por Cão; Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gerson; Zequinha, Roberto, Jairzinho e Paulo César Caju.

 Em 1974 Zequinha passou a ser ídolo do Grêmio e carrasco do Inter (RS). Depois, no segundo semestre de 1977, integrou o São Paulo onde ficou por dois anos. A carreira de atleta foi completada no futebol dos Estados Unidos durante os próximos cinco anos. Lá, aprendeu a falar inglês na raça, gostou tanto do país que decidiu se radicar a partir de 1997.

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