Deu no programa Domingo Esportivo, do
radialista Milton Neves da Rádio
Bandeirantes-São Paulo, que o ex-centroavante e ex-treinador Paulo Gracindo
Leão está internado no Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) em estado grave.
Será que os saudosistas vão se lembrar deste
time em que Paulo Leão
atuou no Estado do Rio de Janeiro em 1964, comandado pelo treinador Zizinho:
Ari (Pompéia); Luciano, Clodoaldo, Leônidas e Itamar; Amorim e João Carlos;
Gilberto, Zezinho, Paulo Leão e Abel?
Foi no América do Rio, que naquela época era a
quinta força do futebol daquele estado, e que revelou jogadores talentosos como
o meia Edu Coimbra, irmão de Zico, e o zagueiro Djalma Dias, entre outros. A
estréia de Paulo Leão no Ameriquinha ocorreu na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense de
Carlos Castilho; Carlos Alberto Torres, Procópio, Altair e Nonô; Oldair e
Denílson; Amoroso, Evaldo, Joaquinzinho e Mateus.
O linense Paulo Leão, nascido em 18 de
novembro de 1938, começou a mostrar suas virtudes de goleador em 1960 no
Guarani, com seu estilo rompedor e destemido. A cada cruzamento para o interior
da área adversária repartia jogadas com a ‘becaiada’ e empurrava a bola para o
gol.
Foi assim em 1961 quando atuou no time formado
por Nicanor; Ferrari, Ditinho, Eraldo e Diego; Hilton e Benê; Dorival, Paulo
Leão, Cabrita e Osvaldo. Logo, foi despertado interesse do Palmeiras em
contratá-lo, fato que se consumou em 1963 quando a concorrência na posição era
com Vavá, então bicampeão mundial pela Seleção Brasileira. E o espaço foi mais
encurtado ainda com a chegada ao Verdão do gaúcho Tupãzinho.
Depois Paulo Leão atuou no interior de São
Paulo com passagem pela Ponte Preta em 1968, num time de veteranos que não
garantiu acesso à divisão principal paulista. Paradoxalmente foi carrasco da
Ponte Preta no ano seguinte, atuando pela Francana que venceu o confronto entre
ambos por 3 a
1, no quadrangular decisivo visando o cobiçado acesso, com arbitragem de José
Favile Neto. Por sorte, a Ponte foi beneficiada nos critérios de desempate com
a Francana e atingiu o objetivo. Eis aquele time da Franca: Manzato; Valdomiro,
Duda, Alemão e Jorge (Clóvis); Elias e Emílio (Geraldo); Gibi, Zé Augusto,
Paulo Leão e Carlos César.
Paulo Leão encerrou a carreira de atleta aos
32 anos de idade e só migrou para a função de treinador de equipes
profissionais após estágio como comandante de equipes juvenis e juniores. E
além do trânsito em Guarani e Ponte Preta, treinou o Avaí de Santa Catarina e
equipes de menor expressão do futebol brasileiro.
Ao perceber que não prosperaria na carreira de
técnico, Paulo Leão ingressou no ramo de corretor de imóveis até adoecer.
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