segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Atacante França gostou do Japão e lá ficou

 No próximo Dia de Natal o ex-atacante França, do São Paulo, vai completar 38 anos de idade, e até o ano passado levava vida de adolescente que adora balada, discoteca, pista de dança, requintados restaurantes, mulherada e companhia de amigos bilionários. Assim, cultivava a atraente vida noturna de Tóquio, no Japão, completada sem traumas da insegurança do Brasil e com uma educação no trânsito de fazer inveja.
 Foi esta a confissão do ex-jogador sobre a definição da capital japonesa que optou para viver depois que parou de jogar futebol no Yokohama F.C. em 2011. A fascinação pelo estilo de vida daqueles asiáticos era tal que sequer fazia planos para retornar ao Brasil, exceto uma vez por ano para visitar a filha de um casamento que durou até 2004.
 A gorda conta bancária dele foi reflexo dos milionários contratos de seis anos feito no Kashiwa Reysol e de pouco menos de um ano no Yokohoma. Soma-se a isso a independência financeira já garantida na passagem pelo futebol alemão de 2002 a 2005, no Bayer Leverkusen.
 Para que ganhasse notoriedade no mercado do exterior, França se destacou no São Paulo como o quinto maior artilheiro de todos os tempos do clube com 182 gols em 327 partidas, no período de 1996 a 2002. A fase foi tão boa que a convocação à Seleção Brasileira à Copa do Mundo do Japão e Coréia do Sul era tida como certa, não fosse uma lesão ter precipitado o corte da relação do treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
 O São Paulo ainda negociou os direitos econômicos do jogador por 12 milhões de dólares. Os alemães se renderam à habilidade no domínio da bola, facilidade para se desvencilhar de zagueiros adversários, e frieza para enfrentar goleiros.
 Este estilo começou a ser aprimorado em 1993 quando se profissionalizou no Nacional de Manaus (AM). Depois ganhou mais visibilidade na passagem pelo XV de Jaú, despertando interesse dos cartolas são-paulinos e trajetória de dois anos na Seleção Brasileira, com direito ao gol de empate por 1 a 1 contra a Inglaterra, no Estádio de Wembley.
 Claro que este ‘vidão’ no primeiro mundo contrasta com a pacata cidade de Codó, interior do Maranhão, onde França nasceu e foi registrado com o nome de Françoaldo Sena de Souza. Segundo censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, aquela cidade maranhense, que dista 292 quilômetros da capital São Luís, contava com 118.072 habitantes e ganhou fama nacional como terra da macumba.
 De Codó igualmente saíram outros dois boleiros que brilharam em grandes centros. Primeiro o habilidoso volante Fausto, apelidado de Maravilha Negra, que foi jogador do Vasco e defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai. Depois o lateral-direito Maranhão, que entre outros clubes passou por Bragantino, Guarani, Santos e Atlético Paranaense.


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