Em tempos de Copa do Mundo, que tal se
projetar um combinado de atletas brasileiros que já participaram desta
competição desde 1958, e que não precisam necessariamente ter sido os melhores
da posição?
Taffarel, campeão mundial nos Estados Unidos
em 1994, obrigatoriamente é o goleiro. Afinal, foi participante de três
Mundiais consecutivos a partir de 1990, tem histórico de brilhantes passagens
por Inter (RS) e Galo mineiro, encerrou a carreira no Parma da Itália em 2003,
e agora atua como preparador de goleiros no Galatasary da Turquia.
Convenhamos que Leandro, que fez carreira
apenas no Flamengo, se encaixa bem na lateral-direita. Em 1986, às vésperas da
viagem dos brasileiros à Copa do México, foi solidário ao companheiro Renato
Gaúcho, cortado por indisciplina, e pediu dispensa do grupo.
Evidente que uma dupla de zaga formada por
Luiz Pereira e Ricardo Rocha provocaria raríssimas objeções. Luizão ganhou
notoriedade no Palmeiras e Seleção Brasileira em 1974, antes de se transferir ao
Atlético de Madrid, da Espanha. E ao encerrar a carreira nos anos 80, aos 43
anos de idade, voltou à Espanha e atualmente trabalha como diretor da equipe B
do mesmo Atlético. Ricardo Rocha teve brilhantes passagens por Guarani, São
Paulo e Fluminense e Seleção Brasileira.
Escalem Júnior na lateral-esquerda, porque
tecnicamente superou os falecidos Nilton Santos e Marinho Chagas. A ótima visão
de jogo como comentarista da TV Globo
ele já mostrava nos gramados, nos tempos de Flamengo e Seleção Brasileira.
Igualmente não dá pra colocar restrições num trio
de meio de campo formado por Clodoaldo, Rivellino e Pelé. Exceto Clodoaldo, aposentado
em Santos, os outros continuam ligados ao futebol. Rivellino atua como
comentarista da TV Cultura de São Paulo, enquanto
Pelé divulga o futebol brasileiro nos continentes, continua requisitado como
‘garoto propaganda’, e se mantém no ramo empresarial.
Claro que as honrarias no ataque ficam para a trio
formado por Ronaldo Fenômeno e Romário, ambos com carreiras bem sucedidas
quando penduraram as chuteiras, e o falecido ponteiro-direito Mané Garrincha.
Ronaldo agencia jogadores de futebol e soube se infiltrar com sucesso no
marketing. Romário enveredou para a carreira política e no final de 2014 vai
completar o primeiro mandato parlamentar de deputado federal.
Treinador do selecionado brasileiro? Paradoxalmente o escolhido não conquistou
título, mas montou uma das melhores equipes na Copa do Mundo de 1982. Trata-se
do também falecido Telê Santana.
E jogadores como Mauro Ramos de Oliveira,
Nilton Santos, Marinho Chagas, Falcão, Zico, Reinaldo, Carlos Alberto Torres,
Tostão e Jairzinho ainda ficaram de fora.
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